© Reuters
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse esperar que a pandemia de coronavírus acabe em menos de dois anos. "A nossa esperança é acabar com esta pandemia em menos de dois anos", disse o diretor-geral, apontando as vacinas como as "ferramentas novas" para se alcançar esse fim.
PUB
Na coletiva de imprensa desta sexta-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, realçou, citado pela Reuters, que a pandemia da gripe espanhola de 1918 levou dois anos para acabar e destacou o papel que a evolução da tecnologia pode assumir atualmente.
“A nossa situação agora com mais tecnologia, com mais conectividade, o vírus tem melhores hipóteses de se propagar, de se mover com rapidez”, referiu o responsável da OMS. Mas em contrapartida, atualmente “temos a tecnologia e o conhecimento para travá-lo”, acrescentou Adhanom.
Media briefing on #COVID19 with @DrTedros https://t.co/p43NqC4m7C
— World Health Organization (WHO) (@WHO) August 21, 2020
Na coletiva também foi abordada a segunda onda de surtos em vários países no mundo. “Estes países servem de aviso para aqueles que estão tendo uma tendência de descida de casos. O progresso não significa vitória. As pessoas continuam a ser suscetíveis ao vírus”, ressalvou Adhanom.
E numa semana em que muito se falou na vacina contra a Covid, o diretor-geral da OMS reforçou que "a vacina será uma ferramenta vital, esperemos que tenhamos uma o mais rápido possível, mas não há garantia de que isso ocorrerá", afirmou, acrescentando que, por agora, o combate à propagação do coronavírus que causa a covid-19 tem de ser feito com outras ferramentas, como o distanciamento físico, a higienização das mãos e o uso de máscaras, e com "ajustes à vida diária".
Já o diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan, lembrou ainda, apoiando-se na História, que os vírus respiratórios pandêmicos se tornam sazonais com o passar do tempo. "Esperemos que haja vacinas para controlar a pandemia", reforçou.
A pandemia da covid-19 já provocou pelo menos 793.847 mortos e infectou mais de 22,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
A Covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se propagou rapidamente pelo mundo.