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Como fonte alternativa, ela paga um preço menor para se conectar ao sistema de transmissão, o que a torna mais competitiva que as demais. Por outro lado, pode comprometer a matriz energética do Brasil por ser uma energia intermitente.
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A decisão foi tomada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, após o resultado do leilão de energia de reserva, exclusivamente de eólicas. Foi a primeira vez que a administração federal exigiu que o empreendedor arcasse não apenas com a construção do parque, mas também com a conexão ao sistema de transmissão existente. A avaliação é de que o leilão foi um sucesso. Além das eólicas, o leilão A-5 que será realizado em 13 de dezembro contratará energia gerada por hidrelétricas, por quantidade, e térmicas a carvão, gás natural em ciclo combinado ou biomassa, por disponibilidade. O prazo de suprimento será de 25 anos (disponibilidade) ou 30 anos (quantidade).
Como a energia gerada por eólicas é mais barata, o Poder Executivo criará uma sistemática de leilão por produtos para evitar distorções. Para cada etapa do leilão, haverá um tipo de energia a ser comercializado e um preço-teto diferente. Esses parâmetros ainda serão definidos. O objetivo é evitar o que ocorreu no leilão A-5 de 2008, em que o critério de escolha foi o preço e apenas térmicas a óleo foram contratadas. A distorção é que o preço médio dessas usinas era o mais barato, mas, quando acionadas, o valor da energia é muito elevado.
"Nosso sistema precisa de hidrelétricas, térmicas e eólicas. Precisamos ter esse mix bem-equilibrado e vamos trabalhar com produtos, para reconhecer essa necessidade. O governo quer evitar que apenas uma fonte seja escolhida", afirmou o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. "Se fizéssemos o leilão apenas por preço e não por produto, só entrariam eólicas. Como essa é uma energia intermitente, ou seja, rebelde, que só gera quando quer, é preciso ter equilíbrio."
Zimmermann afirmou que os empreendedores que tiverem parques eólicos próximos das redes de transmissão existentes tendem a ser os mais competitivos. A construção de uma eólica leva em média dois anos, mas a energia só será entregue a partir de 2018. Nesse intervalo, o Executivo avalia também que terá tempo para planejar e direcionar linhas de transmissão direcionadas a esses empreendimentos. Também haverá incentivo para o empreendedor conseguir concluir a usina mais rapidamente. Se isso ocorrer, a energia produzida poderá ser vendida no mercado à vista, uma vez que o compromisso com o mercado regulado só começa em 2018.