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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 24, durante evento virtual do jornal O Estado de S. Paulo que o Brasil tem agora um presidente da República que apoia a autonomia do BC. Segundo ele, a sinalização no Congresso é de que o projeto de autonomia poderá ser colocado para votar "em breve".
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"Tradicionalmente, a autonomia é mais rechaçada pelo Executivo que pelo Legislativo, apesar de que, em alguns momentos, a rejeição foi dupla", comentou o presidente do BC.
De acordo com Campos Neto, o projeto de autonomia é "superimportante", é um "legado que nós vamos deixar".
Ao tratar de outro projeto em tramitação no Congresso, o do novo marco cambial, Campos Neto lembrou que ele faz parte de uma agenda de modernização mais ampla. Segundo ele, a agenda cambial tem três fases: simplificação, internacionalização e conversibilidade.
Neste aspecto, conforme Campos Neto, os projetos do PIX (pagamentos instantâneos), do open banking e da agenda cambial vão se encontrar no futuro. "Vemos o Brasil, no futuro, com um sistema com moeda digital", disse.
Ao tratar do PIX, Campos Neto citou que o sistema vai mudar a intermediação financeira no Brasil e reduzir os custos tradicionais das empresas. O sistema de pagamentos instantâneos está programado para estrear em 16 de novembro.
Campos Neto participou nesta segunda-feira do Estadão Live Talks, ciclo de debates dedicado a compreender os desafios e identificar as alternativas para o Brasil reaquecer sua economia, após a passagem da pandemia do novo coronavírus.