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Era jogo para vencer sem sofrimento, mas foi um sufoco até o último minuto. Mesmo sem uma grande atuação, o São Paulo lutou e conseguiu a virada em casa por 3 a 2, com um gol aos 45 e outro aos 49 minutos do segundo tempo, no Morumbi, após ser cobrado por falta de raça e vontade por sua torcida. No fim, acabou sendo uma boa homenagem para Luis Fabiano, que anunciou que não joga mais pelo clube, e para Rogério Ceni, que também está de partida.
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Em dias de homenagens e despedidas, o São Paulo entrou em campo com uma camisa cinza, geralmente usada por Rogério Ceni, para lembrar aquele que seria o último jogo do goleiro no estádio do Morumbi, caso tivesse atuado.
O resultado levou o São Paulo aos 59 pontos na quarta colocação, enquanto o Figueirense estacionou nos 40 pontos e segue sob séria ameaça de rebaixamento.
O JOGO - Com a bola rolando, o São Paulo mostrou os problemas de outrora e a irregularidade que perpetuou ao longo do Brasileiro. Do meio para frente, o time conseguia esboçar lances de criatividade, enquanto na defesa toda bola que chegava era um sufoco.
Mesmo com as dificuldades, o time da casa conseguiu abrir o placar aos 10 minutos. A defesa do Figueirense saiu jogando errado, Thiago Mendes ficou com a bola e após boa troca de passes entre Pato e Ganso, Luis Fabiano recebeu dentro da área e bateu rasteiro para alegria dos poucos são-paulinos presentes no Morumbi.
Na comemoração, emoção do ídolo tricolor. Após ter chorado no início da partida, ele saiu correndo, se ajoelhou no símbolo do clube e beijou, enquanto os torcedores "normais" gritavam seu nome e as organizadas falavam "Luis Pipoqueiro".
O gol assustou o Figueirense, que ainda viu Rodrigo Caio acertar a trave em cabeçada, após cobrança de falta de Pato. Melhor em campo, a equipe tricolor se acomodou e o Figueirense saiu do campo de defesa com rápidos contra-ataques. Em um deles, aos 27, Lucão e Hudson deram espaço na defesa, Clayton recebeu passe de Dudu e, com liberdade na entrada da pequena área, bateu sem chances para Dênis.
EMOÇÃO - Na etapa final, o São Paulo passou a ter mais a bola no pé, principalmente com Ganso e mesmo assim o time pouco produziu, devido o excesso de passes errados.
Milton Cruz tirou Bruno e Pato e colocou Alan Kardec e Centurion, aumentando o poderio de ataque. Visivelmente afoitos e pressionados, os são-paulinos passaram a apostar tudo nos cruzamentos para a área, sem grandes efeitos.
O Figueirense se fechou e só saiu para o ataque quando via real oportunidade de chegar. Ela apareceu aos 29 minutos. Marquinhos desviou cobrança de falta e Carlos Alberto, livre, deu de voleio e virou o placar.
A virada ligou o São Paulo. Na raça, já que tecnicamente todo o time estava mal, os mandantes foram para cima e conseguiram reverter. Após tanta insistência nos cruzamentos para a área e uma finalização de Ganso que bateu no travessão, veio o gol. Hudson jogou na cabeça de Alan Kardec, que empatou o jogo aos 45.
E, quatro minutos depois, Thiago Mendes pegou rebote da zaga, acertou um forte chute rasteiro e garantiu a sofrida virada tricolor no último lance da partida, garantido um adeus aos ídolos são-paulinos com um pouco mais de dignidade.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 3 X 2 FIGUEIRENSE
SÃO PAULO - Dênis; Bruno (Alan Kardec), Rodrigo Caio, Lucão e Carlinhos; Hudson, Thiago Mendes e Ganso; Michel Bastos (Auro), Luis Fabiano e Pato (Centurion). Técnico: Milton Cruz.
FIGUEIRENSE - Alex Muralha; Leandro Silva, Marquinhos, Thiago Heleno e Juninho; Fabinho, João Vitor (Paulo Roberto), Yago (Rafael Bastos) e Carlos Alberto; Dudu e Clayton (Thiago Santana). Técnico: Hudson Coutinho.
GOLS - Luis Fabiano, aos 10, e Clayton, aos 27 minutos do primeiro tempo; Carlos Alberto, aos 29, Alan Kardec, aos 45, e Thiago Mendes, aos 49 do segundo.
ÁRBITRO - Wagner Reway (MT).
CARTÕES AMARELOS - Marquinhos, Rodrigo Caio, João Vitor.
RENDA - R$ 511.591,00.
PÚBLICO - 20.034 pagantes.
LOCAL - Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP). Co informações do Estadão Conteúdo.