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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, defendeu nesta quinta-feira, 3, um alinhamento do governo em defesa do teto dos gastos em benefício da estabilidade econômica. Durante live com o empresário Abílio Diniz, Campos Neto disse que o Brasil vai assegurar maior estabilidade à medida que saírem notícias de que o governo é capaz de resolver problemas sem atrito com teto de despesas públicas. "Todo ruído atrelado ao fiscal causa um ruído maior nos preços", afirmou Campos Neto.
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Ele lembrou que parte da volatilidade nos mercados deriva de objetivos diferentes no governo, onde existe uma grande ala que defende investimentos em infraestrutura. Ao ver que esses projetos não cabem no que chamou de "mundo financeiro", o mercado responde rapidamente, observou o presidente do BC.
Ele, em linha com o ministro da Economia Paulo Guedes, defendeu a desvinculação e desindexação de orçamento para permitir que investimentos tenham viabilidade com respeito ao teto.
Segundo ele, os gastos de enfrentamento à pandemia só foram possíveis por conta da confiança de investidores de que, após um período de excepcionalidade, o País voltará ao regime do teto.
"Nosso gasto fiscal no enfrentamento à covid foram muito maiores do que o de países emergentes ... O que proporcionou isso foi o teto. Agentes econômicos entendem que o País vai voltar ao teto", comentou. "Garanto que os preços de mercado seriam outros não fosse o teto de gastos", acrescentou.