PF e Gaeco prendem dez envolvidos em lavagem de dinheiro no RJ

O esquema foi descoberto a partir de uma apreensão de documentos feita na casa de um dos líderes do grupo

© Divulgação

Justiça Região dos Lagos 03/12/15 POR Notícias Ao Minuto

Pelo menos dez pessoas foram presas durante operação deflagrada para desarticular um umgrupo envolvido em crimes de lavagem de dinheiro e peculato, que atua na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.

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O objetivo é cumprir 14 mandados de prisão preventiva. Entre os denunciados estão três subsecretários municipais de Arraial do Cabo, além de outros servidores públicos. A Justiça pediu o afastamento dos envolvidos das funções públicas.

Também são cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em Arraial do Cabo e Cabo Frio, na Região dos Lagos; e na Penitenciária Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte do Rio.

Há ainda o sequestro de mais de R$ 20 milhões em bens do grupo, incluindo prédios, terrenos, dezenas de veículos e dinheiro em espécie.

A ação faz parte da segunda fase da Operação Dominação da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio, da Polícia Federal, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.

O esquema foi descoberto a partir de uma apreensão de documentos feita na casa de um dos líderes do grupo: Francisco Eduardo Freire Barbosa, preso em janeiro deste ano na primeira fase da operação. Ele é pai do traficante Cadu Playboy e foi denunciado por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e de armas.

Além de contar com um operador diretamente responsável por fazer o projeto funcionar, a organização era dividida em dois núcleos: dos lavadores de dinheiro e dos desviadores de recursos públicos. Os líderes do grupo, através de seu intermediário, comandavam tudo de dentro da prisão.

O núcleo que fazia a lavagem de dinheiro, basicamente formado por empresários, atuava mesclando receitas ilícitas, provenientes do tráfico e de corrupção, com dinheiro de origem comprovada construindo, comprando e vendendo imóveis e até firmando contratos com a administração pública local.

De acordo a denúncia, o então secretário municipal e presidente da Empresa Cabista de Desenvolvimento Urbano e Turismo (Ecatur), que integra o poder público e é prestadora de serviços para a prefeitura de Arraial do Cabo, é apontado como gestor financeiro da organização criminosa e atuava também na esfera política, desviando dinheiro público da empresa. 

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