Johnson endurece com UE e diz que seguirá em frente caso não haja acordo

"É necessário que haja um acordo com os nossos amigos europeus até 15 de outubro, se for para um acordo entrar em vigor no final do ano. Portanto, não faz sentido pensar em cronogramas para além deste ponto. Se não chegarmos a um entendimento até lá, não vejo um acordo de livre comércio entre nós", declarou o primeiro-ministro

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Economia Acordo 07/09/20 POR Estadao Conteudo

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou nesta segunda-feira, 7, que União Europeia (UE) e Reino Unido devem "seguir em frente" caso não cheguem, até 15 de outubro, a um acordo de livre comércio para vigorar a partir de janeiro de 2021, quando vence o chamado período de transição do Brexit. O tom do premiê já era esperado, como adiantou mais cedo o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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"É necessário que haja um acordo com os nossos amigos europeus até 15 de outubro, se for para um acordo entrar em vigor no final do ano. Portanto, não faz sentido pensar em cronogramas para além deste ponto. Se não chegarmos a um entendimento até lá, não vejo um acordo de livre comércio entre nós", declarou o primeiro-ministro em nota enviada à imprensa. "Nossa porta nunca será fechada e continuaremos a negociar como amigos e parceiros - mas sem um acordo de livre comércio", completou.

De acordo com Johnson, porém, o Reino Unido segue disposto para negociar com Bruxelas ao longo de setembro e firmar um entendimento, desde que em condições "razoáveis".

"Se a UE estiver pronta para repensar suas posições atuais terei o maior prazer. Mas não podemos e não vamos comprometer os fundamentos do que significa ser um país independente para obter um acordo", defendeu o premiê.

UE e Reino Unido vêm trocando farpas nos últimos tempos quando o assunto é o acordo comercial. O negociador do Brexit pelo lado europeu, Michel Barnier, criticou Londres na semana passada por buscar o que chamou de "acordo com benefício exclusivo para britânicos". "Faremos tudo ao nosso alcance para chegar a um acordo. Porém, não sacrificaremos - nunca sacrificaremos - os interesses econômicos e políticos de longo prazo da UE", disse Barnier.

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