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Algumas atitudes fazem a criança se negar a comer e inventar desculpas. A revista Crescer explica como é possível evitar que as crianças rejeitem itens novos ou mesmo alimentos que antes aceitavam.
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1. Sem interesse pela comida
É preciso ter criatividade. A nutricionista Nadia de Souza, do Hospital e Maternidade São Cristóvão (SP), sugere utilizar desenhos em quadrinhos, músicas, quebra-cabeças e outras brincadeiras que envolvam a temática da alimentação. Importante: o objetivo é aumentar o interesse pela alimentação e distrair a criança para que ela coma. Além disso, recomenda a publicação, sempre que possível convide seu filho para ajudar no preparo das refeições. Ou então, outro incentivo pode ser levá-lo para conhecer a origem dos alimentos, fazer compras na feira, plantar e regar alguma verdura.
2. Não gosta do sabor
“Quando a criança começa a se alimentar, o sabor mais aceitável para ela é o adocicado, que lembra o leite materno”, destaca a nutróloga Ana Luísa Vilela, de São Paulo. Por isso, a profissional sugere que ao introduzir a comida salgada na alimentação, pode misturar, às vezes, pedaços de banana às papinhas.
Atenção: os bebês têm o paladar mais aguçado que os adultos e, por isso, o sabor amargo de alguns alimentos é sentido de forma amplificada por eles. A publicação sugere que para disfarçar o amargor de vegetais, como berinjela, brócolis, almeirão e couve-de-bruxelas, o ideal é temperá--los com um pouco de suco de limão.
Outra sugestão é invistir em diferentes formas de preparo. “Para a criança, a batata cozida é diferente da frita, que também se distingue do purê. Portanto, cada uma dessas apresentações conta como uma novidade e deve fazer parte das tentativas”, orienta Mauro Fisberg, coordenador do Centro de Dificuldades Alimentares do Hospital Infantil Sabará (SP).
3. Horário irregular
Todos já devem saber que é desaconselhável dar guloseimas, alimentos gordurosos e ricos em glicose nos intervalos entre as refeições, pois reduzem a fome das crianças.
Outra medida fundamental é definir um padrão na quantidade de comida e nos horários. A partir do primeiro ano, devem ser oferecidas de cinco a seis refeições por dia, sendo três principais – café da manhã, almoço e jantar – mais dois lanches intermediários e, se necessário, uma ceia antes de dormir, caso a criança esteja com fome.
Além disso, o local onde os filhos se alimentam também tem grande importância para a refeição ser bem-sucedida. O recomendado é sentá-los em um lugar seguro e reunir toda a família à mesa – de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Loughborough, no Reino Unido, jantar com os familiares torna as crianças menos exigentes com o cardápio. “Mas estipule um tempo máximo para a refeição acontecer. Já foi observado que, depois de 20 minutos, a garotada dispersa e não se alimenta para valer”, argumenta Fisberg. Aparelhos como rádio, televisão e celular devem ser evitados, pois provocam distração e tiram o foco do ato de comer.
4. Barriga cheia
O ideal é aproveitar o início da refeição, quando a fome das crianças é maior, para introduzir novos alimentos ou oferecer as opções mais saudáveis, como os vegetais. Depois ofereça os itens aos quais estão habituados, mas sem forçar. “Nunca devemos ser agressivos e obrigar os filhos a comer a quantidade que julgamos adequada. Tampouco empregar um sistema de punição e barganha para convencê-los a aceitar determinados alimentos”, ressalta Felgueira.