Guedes: Reforma administrativa pode ter impacto de R$ 300 bi em 10 anos

Ele explicou que a reforma administrativa não afetará os atuais servidores a pedido do presidente Jair Bolsonaro

© Getty

Economia Reforma 09/09/20 POR Estadao Conteudo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta quarta-feira, 9, que a reforma administrativa enviada pelo governo ao Congresso Nacional na semana passada pode ter um impacto de quase R$ 300 bilhões em dez anos. Segundo ele, a reforma tem como focos o aumento da produtividade no setor público e a digitalização dos serviços. "Quando você dá um choque digital, a taxa de reposição cai bastante. Se aposentam dez pessoas, contratamos uma ou duas", afirmou. "A taxa de reposição de equilíbrio será de 60% a 70%, mas nesses primeiros anos estamos em 20%. Demos uma pisada no freio após anos de muitas contratações", completou.

PUB

Ele explicou que a reforma administrativa não afetará os atuais servidores a pedido do presidente Jair Bolsonaro. "O presidente pediu que a reforma administrativa não atingisse direitos adquiridos, porque as pessoas fizeram concurso, contratos. Por outro lado, ele nos autorizou a trabalhar profundamente sobre o futuro. Fizemos visão de futuro construtiva, com aumento de produtividade e digitalização", destacou.

Por isso, avaliou o ministro, a reforma administrativa deve ter um curso relativamente suave no Congresso. "A reforma deve ser aprovada ainda este ano no Congresso, até porque atendeu a requisitos políticos. Se o Congresso quiser apertar a reforma, aperta, se quiser suavizar, suaviza. Mas achamos que reforma administrativa está na medida para ser aprovada", completou.

Apesar da proposta enviada pelo governo não tratar ainda dos salários nem das carreiras do funcionalismo, Guedes defendeu o aumento dos maiores salários da administração pública ao mesmo tempo que uma redução dos salários de ingresso dos novos concursados. "Acho um absurdo que os salários da alta administração brasileira são muito baixos. Vai ser difícil reter funcionários de qualidade no serviço público. Tem que haver uma enorme diferença de salários sim na administração pública. (O ex-secretário do Tesouro Nacional) Mansueto Almeida ganhava só 20% acima de um jovem que acabou de entrar num concurso do judiciário", completou.

O ministro também argumentou que as progressões de carreiras no serviço público devem se dar por meritocracia, e lembrou que ficará a cargo de cada categoria regulamentar critérios de tempo para estabilidade e regras de avanço nas carreiras. Os projetos para regulamentação das carreiras serão enviadas apenas nas fases posteriores da reforma. "Progressões de carreira no serviço público têm que vir por meritocracia. Só colocamos arquitetura geral da reforma, cada carreira irá regulamentar", completou.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica BOLSONARO-PF Há 22 Horas

PF indicia Bolsonaro e mais 36 em investigação de trama golpista

esporte Indefinição Há 7 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

politica Polícia Federal Há 7 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

brasil Brasil Há 3 Horas

Jovens fogem após sofrerem grave acidente de carro; vídeo

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 23 Horas

Rússia ataca Ucrânia com míssil criado para guerra nuclear, diz Kiev

fama Oscar Há 23 Horas

Fernanda Torres tem pico de interesse no Google com Oscar e 'Ainda Estou Aqui'

economia Carrefour Há 5 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

fama Segunda chance Há 20 Horas

Famosos que sobreviveram a experiências de quase morte

justica Itaúna Há 7 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

esporte Campeonato Brasileiro Há 21 Horas

Veja o que o São Paulo precisa fazer para se garantir na Libertadores de 2025