Grupos ligados a partidos disputam escolas invadidas em SP

Alunos de nove escolas deixaram os prédios na terça-feira, 8, segundo a Secretaria Estadual da Educação - 145 ainda estavam tomadas e, no auge, foram 196

© Reprodução / Facebook / Mídia Ninja

Brasil Desocupação 09/12/15 POR Estadao Conteudo

A desocupação das escolas paulistas deflagrou um impasse em torno do comando dos protestos. Após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) suspender o plano de fechar 93 colégios no próximo ano, alunos autônomos disputam a liderança da condução das ocupações restantes com movimentos estudantis tradicionais, ligados a partidos políticos.

PUB

Alunos de nove escolas deixaram os prédios na terça-feira, 8, segundo a Secretaria Estadual da Educação - 145 ainda estavam tomadas e, no auge, foram 196.

Ao menos duas organizações reivindicam ter legitimidade para reunir o movimento: o Comando das Escolas Ocupadas, formado por representantes de colégios invadidos e que se diz o "único porta-voz", e o bloco da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), com os braços estadual (Upes) e municipal (Umes), sob a influência de partidos, como o PCdoB.

O Comando, que teria reunido lideranças de 130 escolas, acusa, nas redes sociais, a Ubes de tentar tirar os alunos das ocupações. "Recebemos diversas denúncias de que a Ubes está forçando e prometendo desocupar os estudantes de muitas escolas da capital. Nenhuma entidade estudantil representa os estudantes", diz o texto.

A Ubes, que garante ter reunido 50 escolas em suas assembleias, nega. Camila Lanes, presidente da entidade, diz que é favorável à manutenção das ocupações, mas respeita a autonomia dos colégios. "Não orientamos a desocupação. Apoiamos a decisão de cada escola." A Ubes tem influência sobre grêmios estudantis de colégios estaduais. Alunos que lideram o movimento nas escolas acabam se conhecendo em encontros anuais de grêmios promovidos pela entidade.

Mais partido

Ligado ao PSOL, o Juntos participa de invasões em ao menos sete unidades. "Os alunos ocuparam e nós estamos nas escolas dando apoio", diz Helen Cristine, de 17 anos, do Juntos e aluna da Escola Estadual Dario de Queiroz.

A presidente da Apeoesp, sindicato dos docentes com lideranças ligadas ao PT, Maria Izabel Noronha, afirma agora que a entidade defende a desocupação. "Diante do anúncio do governador, podemos estabelecer um calendário de lutas que não acontece agora, mas não orientamos. Eles têm autonomia e isso deve ser respeitado." Antes da revogação, a entidade, porém, apoiou as ocupações feitas pelos estudantes.

José Diógenes, de 19 anos, ex-aluno e ocupante da Escola Estadual Romeu de Moraes, na Lapa, diz que a decisão de continuar foi tomada em assembleia, sem influência externa. "O sindicato (Apeoesp) nos procurou, mas entendemos que o melhor é continuar." O mesmo aconteceu na Escola Estadual Silvio Xavier, no Piqueri. "Colocaram na cabeça dos pais e professores que nossa luta foi vencida, mas não foi", diz a aluna Dafine Cavalcanti, de 17 anos. Com informações do Estadão Conteúdo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Rio Grande do Sul Há 16 Horas

Avião cai em Gramado; governador diz que não há sobreviventes

mundo EUA Há 19 Horas

Professora que engravidou de aluno de 12 anos é condenada

fama GUSTTAVO-LIMA Há 22 Horas

Gusttavo Lima é hospitalizado, cancela show no festival Villa Mix e fãs se revoltam

fama WILLIAM-BONNER Há 19 Horas

William Bonner quebra o braço e fica de fora do Jornal Nacional no fim do ano

brasil BR-116 Há 20 Horas

Acidente com ônibus, carreta e carro deixa 38 mortos em Minas Gerais

fama Pedro Leonardo Há 20 Horas

Por onde anda Pedro, filho do cantor Leonardo

lifestyle Smartphone Há 20 Horas

Problemas de saúde que estão sendo causados pelo uso do celular

esporte FUTEBOL-RIVER PLATE Há 19 Horas

Quatro jogadoras do River Plate são presas em flagrante por racismo

fama Vanessa Carvalho Há 20 Horas

Influenciadora se pronuncia após ser acusada de trair marido tetraplégico

mundo Síria Há 21 Horas

'Villa' luxuosa escondia fábrica da 'cocaína dos pobres' ligada a Assad