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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu nesta quinta-feira a extradição de dois dirigentes da Federação Boliviana de Futebol. Carlos Chávez, ex-tesoureiro da Conmebol e ex-presidente da federação, e Rómer Osuna, auditor da entidade, foram indiciados pelas autoridades norte-americanas na semana passada em razão dos escândalos de corrupção que abalam a Fifa desde maio.
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Chávez já estava preso desde julho por causa de outro caso de corrupção. Osuna ainda não está detido. Ambos manifestaram desejo de colaborar com as investigações. Eles são suspeitos de receber propina na negociação de direitos comerciais de torneios organizados pela Conmebol.
Chávez foi eleito tesoureiro do entidade sul-americana em 2013, ao suceder justamente Osuna, que ocupou o cargo durante 27 anos. Na semana passada, o segundo admitiu que esperava ser citado nas investigações. "As autoridades dos EUA poderão me citar quando acharem conveniente, seja nos EUA ou na Bolívia", afirmara.
"Apenas assinei alguns contratos na condição de testemunha, jamais como negociador. A responsabilidade sempre foi do presidente da Conmebol", disse Osuna, em referência ao então presidente Nicolás Leoz, preso no Paraguai, aguardando extradição para os EUA.
Chávez e Osuna estão na lista de 16 dirigentes sul-americanos indiciados pelo FBI na quinta-feira passada. Entre eles estão o presidente licenciado da CBF, José Maria Marin, e o ex-presidente Ricardo Teixeira.
Também integrando esta lista, o hondurenho Alfredo Hawit e o paraguaio Juan Ángel Napout foram detidos em Zurique. Hawit é presidente da Concacaf e Napout comanda a Conmebol. Vice-presidentes da Fifa, ambos foram suspensos provisoriamente pela entidade.