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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com 20 anos de carreira e 15 prêmios Grammy, não há dúvidas sobre o talento da cantora Alicia Keys, 39, que lançou nesta semana seu novo álbum, "Alicia". Apesar disso, ela revelou que a música não era um caminho certo em sua trajetória e que, se não fosse ela, teria acabado na prostituição ou nas drogas.
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"Eu sou aquela que não deveria sair de Hell's Kitchen [em Nova York, EUA], que deveria acabar sendo uma prostituta, uma jovem mãe aos 16 anos ou viciada em drogas. Eu sou aquele que deveria estar no lugar errado na hora errada e foi ferido ou morto", afirmou a artista em entrevista ao jornal Guardian.
A cantora falou um pouco de sua origem humilde, destacando que sonhar é um luxo, e que o ambiente em que cresceu não era seguro ou estimulante. "É por isso que entendo tanto o que significa ter força para seguir seu próprio caminho. Todas as músicas que já escrevi que foram consideradas fortalecedoras ou edificantes, eu as escrevi no meu ponto mais baixo. Porque eu precisava me lembrar."
Sobre seu trabalho, Alicia destaca ainda que foi uma espécie de azarão no início de carreira, já que seu estilo de música não era exatamente o que estava na moda na época. "Todas as estações de rádio pensavam que eu era um cantor de jazz de 40 anos. Enquanto isso, eu tinha 19 anos com trancinhas do Harlem", brinca ela, que deu um salto na carreira ao apresentar "Fallin" no programa da Oprah, em 2001.
Alicia, que precisou adiar o lançamento do álbum que ganha seu nome, chegou a divulgar seu número de telefone no início da pandemia para ajudar aos fãs que estivessem passando por um momento difícil. "Este é um momento estranho e quero encontrar maneiras de continuar me conectando a vocês. Então vou enviar mensagens de voz e talvez até cantar uma pequena música", afirmou ela na ocasião.