© Divulgação / Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no âmbito da Operação Zelotes da Polícia Federal, que não tem nenhuma relação com a edição de medidas provisórias investigadas. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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O petista foi intimado a prestar depoimento por conta da atuação da empresa de um de seus filhos, a LFT Marketing Esportivo. A companhia de Luis Cláudio da Silva recebeu R$ 1,5 milhão do escritório de lobby Marcondes & Mautoni - mesmo escritório que firmou contratos com empresas do setor automobilístico interessadas na renovação de uma determinada medida provisória.
O Instituto Lula divulgou uma nota onde afirma que o ex-presidente "não tem qualquer relação com os fatos investigados". "A medida provisória em questão foi editada e aprovada pelo Congresso em 2013, quando ele não era mais presidente da República", diz o texto.
A investigação em curso revelou que, entre 2013 e 2014, um grupo de lobistas atuou para renovar uma medida provisória, que foi feita em 2009, durante o governo de Lula. A MP n° 627, reaprovada em 2013, foi convertida em lei no ano seguinte.
Ainda segundo a reportagem da Folha, a Procuradoria da República no DF explica que "é muito suspeito que uma empresa de marketing esportivo receba valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a administração pública".
O Instituto Lula revelou ainda que o ex-presidente não foi notificado oficialmente para depor. No entanto, "estará, como sempre esteve, à disposição das autoridades para contribuir com o esclarecimento da verdade".