Zuckerberg tira menção ao governo brasileiro de post sobre WhatsApp

Para conferir as alterações, basta clicar no botão "ver histórico de edições", um recurso da própria rede social

© Pixabay

Tech Proibição 19/12/15 POR Notícias ao Minuto

O presidente-executivo e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, excluiu menções ao governo brasileiro no post de repúdio à decisão da justiça brasileira de proibir o uso do WhatsApp por dois dias no país.

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“Esperamos que a justiça brasileira reverta rapidamente essa decisão. Se você é brasileiro, por favor faça sua voz ser ouvida e ajude seu governo a refletir a vontade do povo”, escreveu Zuckerberg, na primeira versão do post.

Minutos depois, a publicação foi alterada. A parte referente ao governo do Brasil foi suprimida, e o texto ficou assim: “Esperamos que a justiça brasileira reverta rapidamente essa decisão. Se você é brasileiro, por favor faça sua voz ser ouvida”. Para conferir as alterações, basta clicar no botão "ver histórico de edições", um recurso da própria rede social.

O norte-americano comentava a decisão da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, de acionar as operadoras de telefonia móvel para impedirem seus clientes de acessarem o WhatsApp por 48 horas a partir das 0h dessa quinta.

“Este é um dia triste para o país. Até hoje o Brasil tem sido um importante aliado na criação de uma internet aberta. Os brasileiros estão sempre entre os mais apaixonados em compartilhar suas vozes online”, disse Zuckerberg, no texto. O WhatsApp tem cerca de 100 milhões de usuários no Brasil.

Pouco menos de 12 horas depois de a restrição ao envio e recebimento das mensagens terem começado, o desembargador Xavier de Souza, do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu liminar para que o acesso ao aplicativo fosse restituído.

"Em face dos princípios constitucionais, não se mostra razoável que milhões de usuários sejam afetados em decorrência da inércia da empresa [em fornecer informações à Justiça]", escreveu Souza. O bloqueio foi determinado pela Justiça paulista porque a empresa descumpriu pedidos judiciais para ceder informações para uma investigação em andamento.

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