© DR
A ceia de Natal dos 20 presos da Operação Lava-Jato que vão passar o Natal em Curitiba será modesta. Na celebração, só o panetone está garantido. Carne de peru, apenas se levada por familiares. Mas a iguaria é só para os presos do Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, onde estão o empresário Marcelo Odebrecht, o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
PUB
Ao contrário da carceragem da Polícia Federal, o CMP permite que os familiares levem uma ceia mais completa. Mas há regras: pratos refinados, por exemplo, não entram.
Os presos poderão receber uma porção de arroz, macarrão, maionese, panetone e uma carne sem osso. Ainda assim, sem exageros. Pratos mais elaborados, como arroz com pato ou codornas recheadas, podem ser confiscados. O motivo é que a alimentação refinada poderia causar desconforto aos outros presos.
Os presos também não poderão receber presentes ostensivos. Roupas e sapatos estão permitidos, desde que discretos. A ceia ainda pode ter bolos, chocolates, frutas cortadas, sanduíches e dois litros de sucos ou refrigerantes. Além de levar os alimentos, os familiares estão autorizados a fazer o almoço de Natal no dia 25 com o preso.
Já na Polícia Federal, em Curitiba, as comemorações serão mais discretas. Até a última sexta-feira, só o panetone estava permitido, desde que já viesse cortado para evitar a ocultação de objetos. Lá estão presos, por exemplo, o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, o ex-deputado Pedro Corrêa e executivos da Andrade Gutierrez, entre outros.