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Os Estados Unidos eliminaram formalmente, nesta segunda-feira (21), a proibição vitalícia que impedia as doações de sangue por homossexuais, uma medida aplicada desde a década de 1980.
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A proibição é substituída por uma regra que prevê um período de observação de 12 meses após o último contato sexual. A decisão da Food and Drug Administration (FDA) coloca os Estados Unidos em linha com outros países, como o Reino Unido, França, Japão ou Austrália, que recentemente autorizaram que homens que tenham sexo com outros homens possam doar sangue, desde que as relações sexuais não tenham ocorrido no último ano.
A nova regra finaliza com uma proibição que vigorava desde 1983, aplicada pela administração de Ronald Reagan em plena epidemia do HIV/AIDS nos Estados Unidos. Na altura, e em virtude da pouca informação sobre a doença, muitos especialistas tiveram medo de contaminar as reservas nacionais de sangue.
"Ao rever as nossas políticas para ajudar a reduzir o risco de transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) através de produtos relacionados com o sangue, examinamos de forma rigorosa várias opções alternativas, incluindo a avaliação do risco individual", afirmou Peter Marks, vice-diretor do Centro do FDA para a Avaliação e Pesquisa Biológica.
A regra da proibição continua em vigor para os profissionais do sexo e pessoas que usam drogas injetáveis porque "os dados disponíveis são insuficientes para justificar uma mudança nas recomendações de exclusão existentes neste momento", indicou a FDA, em um comunicado.