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Os contratos futuros do petróleo caíram nesta segunda-feira com os investidores voltando as atenções ao excesso da oferta, além das preocupações com a demanda. Dados decepcionantes sobre a indústria do Japão também pesaram sobre a commodity.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo bruto para fevereiro fecharam a US$ 36,81 por barril, em queda de US$ 1,29 (3,38%). Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent também para fevereiro fecharam a US$ 36,62 por barril, em baixa de US$ 1,27 (3,35%).
O recuo do petróleo foi inspirado pelos temores dos investidores sobre as condições econômicas da China e da Europa, além de dados industriais fracos no Japão, que aumentaram as preocupações sobre a saúde da economia global.
A produção industrial japonesa caiu 1,0% em novembro ante outubro, segundo dados do Ministério de Economia, Comércio e Indústria. A queda, a primeira em três meses, veio após uma alta de 1,4% em outubro ante setembro. Economistas consultados pelo Wall Street Journal previam recuo menor da produção na comparação mensal de novembro, de 0,4%.
Enquanto uma desaceleração do crescimento econômico global pode pesar sobre a demanda, preocupações sobre os estoques globais reapareceram, dizem analistas, que alertam sobre leituras de curto prazo sobre as atividades de negociações nos períodos festivos do fim do ano.
"Os preços nas próximas duas semanas não serão um indicativo de uma tendência de longo prazo para 2016. Os volumes vão permanecer baixos em decorrência da temporada de festas", disse Daniel Ang, analista da Phillip Futures.
Ele estima que os estoques de petróleo dos EUA e as contagens das plataformas continuem a cair, mas, no geral, as atividades podem permanecer baixas, uma vez que os norte-americanos provavelmente começarão a exportar petróleo. Recentemente, líderes do Congresso concordaram em suspender a proibição das exportações da commodity.
Os mercados globais também terão de lidar com a perspectiva de fornecimento de petróleo por parte do Irã, com a suspensão das sanções dos países ocidentais. Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) já deixou claro que uma redução da produção em 2016 é pouco provável, o que também deve pesar sobre os preços. Fonte: Dow Jones Newswires.