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De acordo com o delator José Geraldo Riva, o ex-deputado federal Pedro Henry (PP-MT) - condenado no Mensalão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro - ajustou com o ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa repasse de R$ 10 milhões ao PP pela adesão da legenda a reeleição de sua chapa ao Palácio Paiaguás em 2010. De tal montante foram pagos R$ 7 milhões em caixa dois a 30 candidatos do partido à época. No entanto, ao negociar sua parcela da propina, Paulo Henry teria pedido que os recursos não fossem repassados por caixa dois em razão de sua implicação na ação penal 470, do Mensalão.
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As alegações são do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso (ALMT), que fechou delação com Ministério Público Federal e revelou suposto pagamento de mesadas a 38 deputados com valores que totalizam R$ 175 milhões, além de outros supostos crimes cometidos entre 1995 e 2015.
Segundo Riva, diante da pré-condição estabelecida por Pedro Henry, as transferências a ele ocorreram como doações oficiais, realizadas por empresas indicadas por Silval Barbosa. "O restante dos valores foram caixa dois. Foram destinados aos deputados estaduais, sob a minha coordenação, e aos deputados federais, sob a coordenação do deputado Pedro Henry", confessou o delator, em depoimento gravado em vídeo.
Em mais um anexo de sua delação, Riva detalhou como as propinas foram divididas entre os candidatos do PP à época. Concorrentes a deputado estadual ficaram com 45% do total, e candidatos à Câmara dos Deputados, 55%.
A reportagem busca contato com a defesa do ex-deputado. O espaço também está aberto para manifestações dos citados pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso.