© Bruno Cantini / Atletico
As estatísticas não são favoráveis a Robinho no caso de estupro coletivo. O jogador, que foi condenado a nove anos de prisão no julgamento em primeira instância, tem sua próxima audiência agendada para o começo de dezembro. Entretanto, o histórico de sentenças em segunda instância no Tribunal de Milão, onde o processo está em andamento, aponta para a confirmação da pena.
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De acordo com dados disponíveis no site do Ministério da Justiça italiano, dentre todos os casos penais julgados em segunda instância no período de 2011 a 2019, aproximadamente 7,5% das condenações foram convertidas em absolvição. Em contrapartida, 44,3% das penalidades foram mantidas. Nos 48% dos casos restantes, ou a inocência da primeira instância foi mantida ou réus antes considerados inocentes foram condenados. Os números são referentes a Milão.
O caso está sob responsabilidade das autoridades italianas desde 2013. De acordo com as investigações, Robinho e cinco amigos teriam estuprado uma jovem albanesa em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Além da pena de nove anos, o atacante deve pagar à vítima uma indenização de R$ 400 mil (60 mil euros) caso a sentença seja mantida. Robinho alega ser inocente e ter feito sexo consentido com a mulher.
Reportagem do site GE.Globo revelou detalhes da sentença condenatória em primeira instância. Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho admitiu ter participado do ato do estupro coletivo. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para considerar o atacante culpado em primeira instância.
A audiência perante a Corte de Apelo, a segunda instância italiana, está marcada para o 10 de dezembro. A presença do jogador, entretanto, não é garantida. Procurado pelo Estadão, o advogado Franco Moretti, que representa Robinho no caso, afirmou que em não dará entrevistas, declarações ou informações. Depois da pressão de patrocinadores e torcedores, o Santos optou por suspender o contrato com o jogador.