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Após atraso nas obras e sucessivas promessas da Prefeitura de São Paulo, o planetário do Ibirapuera, o primeiro do País, na zona sul da capital, será reaberto ao público no fim deste mês. E também deverá ser reativado neste semestre o planetário do Parque do Carmo, na zona leste. Os observatórios terão entrada gratuita, mas a Prefeitura estuda cobrança a partir de 2017, a depender da demanda.
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Com investimento de R$ 7 milhões para este ano, os planetários ficarão disponíveis de terça a sexta-feira para visitas de escolas públicas e particulares e, nos fins de semana, serão abertos ao público em geral.
Inaugurado em 1957 e tombado pelos órgãos de defesa do patrimônio histórico do Estado e da Prefeitura, o planetário do Ibirapuera está desativado desde 2013, quando uma centelha de raio atingiu a rede elétrica. O projetor Zeiss Starmaster também ficou danificado. O local já havia passado por uma reforma em 1999, concluída sete anos depois. Após o último fechamento, houve promessas de reabertura no segundo semestre de 2013 e em junho de 2015.
Obra complexa
O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ravena, atribui a demora à complexidade das obras. "O planetário é um sistema, não é só um prédio. É uma obra que envolve serviços de várias naturezas", disse ele. No caso do Ibirapuera, faltam a pintura da parte externa da cúpula e a instalação de um para-raios.
Já o planetário do Parque do Carmo ainda deve passar por reformas nas poltronas, no piso e nas paredes, que estão com infiltrações. O espaço, criado em 2005, ficou 13 meses aberto antes de começar a apresentar problemas estruturais. Reativado em 2012, voltou a fechar no ano seguinte por um vazamento de água na área externa que prejudicou o abastecimento do equipamento.
Outro argumento apontado pela Prefeitura para o atraso foi a readequação do projeto pedagógico da Escola de Astrofísica, unidade pública que oferece cursos gratuitos de Astronomia.
Espera
Antigos frequentadores lamentam a demora para a reabertura dos observatórios nos parques da capital paulista. A aposentada Alice Ueno, de 66 anos, disse que espera levar os netos de 8 e 10 anos para visitar o Planetário do Ibirapuera assim que estiver disponível. "Estou cansada de ir até a porta e dizerem que não abriu. Eles vão gostar muito de lá", disse ela.
O sobrinho de Alice, o administrador de obras Ricardo Yamanaka, de 46 anos, emocionou-se ao lembrar que esteve com a tia no local quando criança. "Era muito bacana ver aquelas estrelas, os filmes. Era uma visão mágica. Esperamos que reabra", comentou.
Também ansiosa pela reabertura, a decoradora Tatiana Maria Gosoy, de 37 anos, lembra que visitou o espaço quando ainda estava na escola. "Adorei ver os planetas, as constelações." A espera foi tanta que até aproveitou uma viagem a Brasília para levar o filho para ver o planetário de lá. "E se abrir aqui vou levar também."