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Mal assumiu o cargo e Azevêdo já tem pela frente seu primeiro desafio na condução do comércio mundial. Ele participa nesta semana de seminário dos líderes do G-20, a ser realizado em São Petersburgo, entre a quinta-feira, 5, e o sábado, 7.
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Na Rússia, o brasileiro deverá se reunir com vários líderes e seu recado deve ser em forma de apelo pela preservação do sistema multilateral do comércio, hoje em crise. A expectativa é de que ele, além de defender o multilateralismo no comércio, peça um tempo aos membros do G-20 para definir um projeto mais amplo. O mesmo pedido deve ser reforçado diretamente ao presidente dos EUA, Barack Obama.
Azevêdo também deve alertar integrantes do seminário do G-20 para o impasse na Rodada Doha e pedir apoio para os trabalhos preparatórios até a conferência ministerial, em Bali.
De acordo com o site da OMC, Azevêdo disse que a nona conferência ministerial, a ser realizada no dia 6 de dezembro em Bali, é prioridade. "Acredito que um acordo pode ser alcançado apesar do pouco tempo até Bali", afirmou o diretor-geral, segundo informação divulgada pela OMC.
Para chegar ao comando da instituição, o embaixador venceu a disputa contra o mexicano Herminio Blanco, em maio. Azevêdo assume o lugar do francês Pascal Lamy. O brasileiro já nomeou o chinês Yi Xiaozhun para a vice-diretoria em retribuição ao apoio dado pela China na sua eleição. Trata-se de um posto-chave dentro da OMC. É a primeira vez que um cargo de alto escalão na instituição é ocupado por alguém de Pequim, o que deve assegurar influência dos chineses no futuro do desenho das regras do comércio mundial. Roberto Azevêdo também nomeou um nigeriano, um alemão e um norte-americano como adjuntos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.