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A China tornou-se hoje uma das últimas grandes potências a felicitar o democrata Joe Biden pela vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
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O país, junto com a Rússia, evitou juntar-se à sequência de governos que felicitou Bidenna semana passada, depois de ter sido anunciado que ele assegurou votos suficientes no Colégio Eleitoral para chegar à Casa Branca.
"Respeitamos a escolha do povo norte-americano", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin. "Parabenizamos Biden e a [vice-presidente, Kamala] Harris", apontou.
Sem explicar os motivos do atraso, face a outros países, Wang disse que o resultado "será confirmado de acordo com as leis e procedimentos dos EUA".
As relações entre China e EUA deterioram-se rapidamente desde que Donald Trump assumiu a presidência.
Os dois países enfrentam uma guerra comercial e tecnológica e disputas em torno da soberania do mar do Sul da China, a questão de Taiwan e o estatuto de Hong Kong.
Trump classificou a China como uma ameaça à segurança dos EUA e impôs restrições sob as exportações de tecnologia para o país asiático.
Nos últimos meses, a insistência de Trump em apelidar a covid-19 de "vírus chinês" contribuiu para antagonizar as percepções sobre o líder norte-americano no país.
Analistas políticos esperam, no entanto, poucas mudanças na relação bilateral, devido à frustração generalizada nos EUA em questões comerciais e de direitos humanos e a acusações de espionagem e usurpação de tecnologia pela China.