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Belém chega ao segundo turno com os candidatos em empate técnico, de acordo com a mais recente pesquisa Ibope. Edmilson Rodrigues, do PSOL, prega o diálogo aberto com todas as classes e faz uma campanha com ideais de esquerda. O delegado Eguchi, do Patriota, defende a família tradicional e está alinhado às frentes conservadoras. Em campos opostos, os dois protagonizaram debates quentes na TV.
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Segundo a pesquisa Ibope divulgada no dia 21, Edmilson tem 45% das intenções de voto, ante 43% de Eguchi. A margem de erro da é de 4 pontos porcentuais, para mais ou para menos, colocando os candidatos em empate técnico.
Na reta final da corrida ao Palácio Antônio Lemos, Edmilson se aliou ao Partido Verde e ao ex-candidato Cássio Andrade (PSB), que teve 6,8% dos votos no 1º turno. O terceiro colocado (17%), José Priante (MDB), apoiado pelo governador Helder Barbalho, se manteve neutro. O PSOL já estava coligado a PT, PDT, PCdoB, PCB, UP e Redes.
Com chapa única desde a largada, Eguchi se mantém isolado partidariamente, mas líderes religiosos como Padre Eloy e os pastores Silas Malafaia e Marcos Feliciano, pediram votos para ele nas redes sociais. O delegado diz ser alinhado aos princípios de Jair Bolsonaro, apesar de não ter apoio público do presidente.
Eguchi, que teve 23,6% dos votos no primeiro turno, nunca ocupou um cargo eletivo, tinha menos de 10 segundos na TV e abriu mão do fundo partidário. Eguchi é economista e formado em direito. Em 2018, concorreu a deputado federal, mas não foi eleito. Já Edmilson, que recebeu 34,22% dos votos, foi prefeito de Belém por duas vezes, deputado estadual por três mandatos e ocupa uma cadeira na Câmara Federal, desde 2014. Ele foi do PT até 2005, e é o único candidato do PSOL a ir ao 2º turno nessas eleições, além de Guilherme Boulos, em São Paulo.