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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, negou nesta sexta-feira, 4, que o governo atue para travar a reforma tributária o Congresso. A proposta de mudança do sistema tributário brasileiro está sendo usada como instrumento de medição de forças para a eleição na presidência da Câmara, como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. "Não julgo que o governo esteja travando a reforma tributária", respondeu a jornalistas quando questionado se o governo estaria impedindo o avanço da reforma para minar a possível reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Casa.
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A ala política do governo apoia a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) e avalia que Maia blefou quando disse que tinha votos suficientes para aprovar a reforma tributária na Câmara até o final do ano.
A eleição para a presidência da Casa ocorre no início de fevereiro.
Para Mourão, a reforma não caminha por dois fatores: a pandemia do novo coronavírus e a disputa interna no Congresso pela sucessão na Câmara. "O Congresso praticamente deixou de se reunir. Sem se reunir, temas polêmicos não avançam. Segundo lugar, a disputa pela sucessão nas duas Casas foi deflagrada, a partir daí é um jogo lá dentro", declarou.
Mourão avaliou ainda ser "complicado" aprovar a mudança no sistema tributária ainda este ano. "Não há consenso sobre qual é a melhor reforma", acrescentou.
O vice-presidente também comentou sobre a possibilidade de uma reforma ministerial no governo. "A expressão política não passa por mim. Talvez o presidente seja obrigado a trocar algumas peças, mas isso é decisão dele", concluiu.