Justiça decide manter leilão de Tarsila do Amaral, que pode render novo recorde

O lance inicial recorde para comprar a obra é de R$ 47 milhões

© Reprodução

Cultura Arte 10/12/20 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Superior Tribunal de Justiça, o STJ, rejeitou uma liminar que pedia a suspensão do leilão da tela "A Caipirinha", de Tarsila do Amaral, na casa de leilões Bolsa de Arte no próximo dia 17. A decisão, divulgada nesta quarta (9), é assinada pelo ministro Moura Ribeiro. Cabe recurso.

PUB

A pintura, com lance inicial recorde de R$ 47 milhões, é alvo de uma disputa judicial entre Carlos Eduardo Schahin, filho do empresário Salim Taufic Schahin, envolvido no escândalo da Lava Jato, e os 12 bancos credores a quem seu pai deve mais de R$ 2 bilhões.

Enquanto Carlos Eduardo afirma que a obra foi vendida a ele pelo pai, os credores questionam a legitimidade da operação, dizendo que a obra nunca chegou a sair das mãos do Schahin pai.

Também foi esse o entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo, o TJSP, ao julgar o caso em segunda instância. Advogado de Carlos Eduardo, Márcio Casado aguarda o julgamento de um recurso no STJ.

Apesar de o leilão ter sido mantido, o ministro Moura Ribeiro estipulou duas condições para a sua realização.

Uma é que o valor obtido não irá imediatamente para os bancos credores, e sim será guardado numa conta específica até o fim do imbróglio judicial envolvendo a obra.

Outra é que eventuais compradores precisam ser notificados de que o julgamento final pode reverter o entendimento atual do TJSP de que o quadro pertence a Salim e, portanto, pode ser vendido para ajudar a sanar sua dívida com os bancos credores.Casado, advogado de Carlos Eduardo, afirma que, na sua visão, essa última determinação poderia afastar potenciais compradores do quadro, em especial instituições estrangeiras. "Não imagino que eles se interessariam em comprar uma obra para depois devolvê-la", diz.

Já Viviane Abilio, advogado do escritório que representa os credores, Gustavo Tepedino Advogados, diz que ressalvas do tipo são comuns em decisões do ministro Moura Ribeiro, e nesse caso só trazem mais segurança para um eventual comprador. "Ele pode levar a obra e, se necessário, seu dinheiro estará guardado até que o imbróglio judicial termine."

Pintado em 1923, quando Tarsila vivia com Oswald de Andrade em Paris, "A Caipirinha" é considerada "a primeira obra realmente moderna" do país, segundo o diretor da Bolsa de Arte, Jones Bergamin.

O quadro promete levar a artista a quebrar mais um recorde, de obra mais cara de um artista brasileiro numa venda pública. O título hoje é de Alberto da Veiga Guignard, cujo "Vaso de Flores" alcançou R$ 5,7 milhões em 2015.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Rio Grande do Sul Há 11 Horas

Avião cai em Gramado; governador diz que não há sobreviventes

mundo EUA Há 14 Horas

Professora que engravidou de aluno de 12 anos é condenada

fama GUSTTAVO-LIMA Há 17 Horas

Gusttavo Lima é hospitalizado, cancela show no festival Villa Mix e fãs se revoltam

fama WILLIAM-BONNER Há 14 Horas

William Bonner quebra o braço e fica de fora do Jornal Nacional no fim do ano

brasil BR-116 Há 15 Horas

Acidente com ônibus, carreta e carro deixa 38 mortos em Minas Gerais

fama Pedro Leonardo Há 15 Horas

Por onde anda Pedro, filho do cantor Leonardo

lifestyle Smartphone Há 15 Horas

Problemas de saúde que estão sendo causados pelo uso do celular

esporte FUTEBOL-RIVER PLATE Há 14 Horas

Quatro jogadoras do River Plate são presas em flagrante por racismo

fama Vanessa Carvalho Há 15 Horas

Influenciadora se pronuncia após ser acusada de trair marido tetraplégico

mundo Síria Há 16 Horas

'Villa' luxuosa escondia fábrica da 'cocaína dos pobres' ligada a Assad