Câmara aprova texto final da regulamentação do novo Fundeb; projeto vai ao Senado

A votação do projeto foi turbulenta com troca constante de ataques entre governo e oposição

© Agência Câmara

Política Fundeb 11/12/20 POR Estadao Conteudo

Após seis horas de análise dos destaques e apreciação das emendas, a Câmara dos Deputados aprovou no fim da noite desta quinta-feira, 10, o texto final do projeto que regulamenta a distribuição do novo Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb), o PL 4372/2020. Agora, o texto seguirá para o Senado.

PUB

Entre os destaques, os deputados incluíram a possibilidade de contraturno escolar ser prestado por entidades conveniadas que para esse fim podem ser beneficiadas com recursos públicos do fundo. Essas entidades podem prestar a complementação da jornada escolar para educação em tempo integral, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica. A proposta foi aprovada por 272 votos a 167.

Os deputados incluíram também a disposição de que o Poder Público deverá fixar, em lei específica, até 31 de dezembro de 2021, o piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. A emenda, proposta pela oposição, foi aprovada por 205 votos a 198.

A votação do projeto foi turbulenta com troca constante de ataques entre governo e oposição. Deputados da oposição alegam que foi rompido um acordo para a preservação do texto-base. O relator, deputado Felipe Rigoni (PSB-ES), negou ter desrespeitado acordo.

Prazo

O Congresso precisa concluir a votação desse projeto até o fim do ano para que o Fundeb seja efetivado. Sem isso, 1.471 municípios podem perder R$ 3 bilhões em recursos para o ensino, segundo cálculos do Todos pela Educação. O número se refere principalmente a municípios mais carentes em Estados ricos e que passarão a receber parte da complementação da União no Fundeb, de acordo com a proposta aprovada e incluída na Constituição de forma permanente em agosto deste ano. Antes, o fundo tinha prazo de validade e acabaria agora em dezembro.

O fundo funciona como uma conta bancária que recebe 20% do que é arrecadado em impostos, na maioria estaduais, como ICMS e IPVA. Até agora esse dinheiro era dividido pelo número de alunos em cada Estado. O resultado dessa conta não podia ser inferior ao valor mínimo por estudante estipulado pelo governo federal, cerca de R$ 3 mil - agora ele pode chegar a R$ 5,7 mil. Os Estados mais pobres ganhavam ajuda financeira da União, que representava 10% do Fundeb.

Agora, o governo federal passa a responder por 23% do total dos recursos, que vão aumentar gradativamente durante seis anos. Em 2021, serão 12% e em 2022, 15%. Depois, crescerão em dois pontos porcentuais a cada ano. Além disso, 2,5% irão para municípios que tiverem melhores resultados de aprendizagem, mas os detalhes ainda serão definidos em lei complementar.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Cristiano Ronaldo Há 20 Horas

Cristiano Ronaldo posa de sunga e detalhe chama atenção nas redes

mundo França Há 18 Horas

Deputados da França comparam carne do Brasil a lixo; assista

fama Harry e Meghan Markle Há 17 Horas

Harry e Meghan seguem 'caminhos separados' após Dia de Ação de Graças

esporte PSG Há 18 Horas

Neymar recebia R$ 1,2 milhão para bater palmas no PSG; diz ex-jogador

fama Patrick J. Adams Há 23 Horas

Galã de Suits deixou série para enfrentar depressão e vício em álcool

fama Scarlett Johansson Há 20 Horas

Scarlett Johansson impressiona com look sofisticado em talk show

economia Mercosul-UE Há 17 Horas

Após 'caso Carrefour', Lula diz que franceses 'não apitam mais nada'

justica Rondonópolis 27/11/24

Estudante de Direito é presa ao chegar na faculdade para apresentar TCC

politica STF Há 17 Horas

Militar se retrata por citar tiro na cabeça de Moraes: 'infeliz'

mundo Tráfico Internacional Há 17 Horas

Estrela de reality é presa ao entrar com 40 kg de drogas no Reino Unido