Marcelo Veiga, 56, técnico histórico do Bragantino, morre vítima da Covid-19

Veiga comandou 18 times diferentes na carreira, mas nunca recebeu oportunidade em um grande, algo que ele considerava injusto.

© Arquivo-Red Bull

Esporte MARCELO-VEIGA 15/12/20 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Técnico que ficou marcado pelas sete passagens no Bragantino, Marcelo Veiga morreu nesta segunda-feira (14) aos 56 anos, por complicações causadas pela Covid-19.

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Ele estava internado desde 20 de novembro na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Bragança Paulista (80 km de São Paulo).

Veiga estava no São Bernardo, onde conseguiu neste ano o acesso na A2 do Campeonato Paulista para 2021.

Leia Também: Luxemburgo é internado após testar positivo para a covid-19 pela segunda vez

Lateral esquerdo com passagem pelo Santos no início da década de 1990, ele foi o treinador que mais dirigiu o Bragantino na história. Foram 516 partidas. Em 2007, chegou à semifinal do estadual e empatou os dois jogos contra o clube de Vila Belmiro. No segundo, acertou uma bola na trave nos acréscimos que poderia ter levado o time à decisão.

Veiga comandou 18 times diferentes na carreira, mas nunca recebeu oportunidade em um grande, algo que ele considerava injusto.

"Sempre trabalhei com menos recursos, tendo de descobrir jogadores ignorados por outros clubes", reclamou.Para achar novos talentos, percorria o interior para assistir partidas e tinha uma rede de informantes espalhada por São Paulo."Eu não consigo ser apenas o treinador. Especialmente em clubes pequenos, você precisa agregar outras funções para que tudo funcione bem. Se alguma coisa dá errada, fica muito fácil para você descobrir onde está o problema e resolver", completou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em 2018.Veiga também ficava descontente quando ouvia que suas equipes jogavam preferencialmente na retranca. Para tentar acabar com as críticas, em 2017 foi fazer um período de estágio em clubes espanhóis. A partir de então, sempre fazia questão de ressaltar que o período na Europa o fez mudar de postura e atuar mais no toque de bola. Ele mesmo, à beira do campo, disse ter deixado de falar palavrões.Sua morte aconteceu na cidade em que viveu a maior parte da sua vida como técnico e onde reconhecia estar identificado."Quando não estou no Bragantino as pessoas me encontram na rua e perguntam: 'e aí? Já voltou?', relembra.Seu último trabalho no clube aconteceu no Paulista do ano passado. Marcelo Veiga deixou a agremiação não por causa de maus resultados. O presidente da agremiação, Maquinho Chedid, fez parceria com o Red Bull, que levou seus próprios jogadores e treinador.

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