© Reuters
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente da República, renunciou ao cargo de terceiro-secretário da Mesa Diretora do Senado.
PUB
A informação foi confirmada nesta segunda-feira (21) pela assessoria de imprensa do senador, que não havia informado o motivo da renúncia até a publicação desta reportagem.
Flávio Bolsonaro encaminhou no dia 11 deste mês um ofício ao presidente da Casa, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP,) informando que não iria mais ocupar o cargo a partir do dia 14.
A renúncia do senador pelo Rio de Janeiro acontece pouco mais de um mês antes das eleições que vão decidir a sucessão na presidência do Senado, além da renovação da Mesa Diretora.
Alcolumbre vem se reunindo com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em busca de apoio para um indicado seu para a presidência do Senado.
O atual presidente da Casa saiu em defesa de Flávio em determinados momentos, quando a investigação do Ministério Público sobre o esquema das rachadinhas começou a ganhar força.
Em dezembro do ano passado, Alcolumbre havia dito que o filho 01 do presidente era "bem intencionado" e que não devia ser enquadrado pelo Conselho de Ética pois as acusações se referiam ao período anterior a seu mandato no Senado.
No início de novembro deste ano, Flávio Bolsonaro foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob acusação de liderar uma organização criminosa para recolher parte do salário de seus ex-funcionários em benefício próprio.
A denúncia, apresentada ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça, se refere à suposta "rachadinha" em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde exerceu o mandato de fevereiro de 2003 a janeiro de 2019.
A cada nova denúncia e acusação, cresce a pressão, principalmente por parte de partidos de oposição, pela instauração de um processo no Conselho de Ética no Senado, o que ainda não aconteceu.