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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Brasil chegou a 190.032 pessoas mortas pela Covid-19, nesta quinta-feira (24), véspera de Natal. O país registrou 768 mortes pelo novo coronavírus e 57.753 casos da doença. Com isso, o total de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 chegou a 7.424.430 desde o início da pandemia.
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Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários, a Folha de S.Paulo também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 737, aumento de 15% em relação a 14 dias atrás. O cenário configura uma situação de equilíbrio. Até quarta-feira, a situação era de crescimento. É a maior média desde as primeiras semanas de setembro.
O país vem em uma tendência de alta de mortes desde meados de novembro, com um breve intervalo de estabilidade.
Quase todas as regiões continuam com aumento da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás. Somente o Nordeste tem situação estável (com 15% de aumento) e o Sul (com aumento de 14%). Na última semana, o Norte se apresentava estável, mas agora evoluiu para um estágio de crescimento da média móvel de mortes.
O Brasil tem uma taxa de 90,7 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (328.481), e o Reino Unido (69.731), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 100,5 e 104,9 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (117,3), país com 70.900 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 120.311 óbitos, tem 95,3 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 116,3. O país tem 37.218 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 146.756 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,8 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 95,1 mortes por 100 mil habitantes (42.314 óbitos).
Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (24) registrou 58.428 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus no Brasil e 762 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, foram 189.982 óbitos acumulados e 7.423.945 casos confirmados no país.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.