© REUTERS/Ueslei Marcelino
Após sete temporadas, divididas em três passagens, o atacante brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa deixou o Atlético de Madrid. Um dia depois de acertar a rescisão de seu contrato, que terminaria em 30 de junho de 2021, o jogador se despediu do clube da capital da Espanha nesta quarta-feira ao divulgar uma carta em suas redes sociais.
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Bastante emocionado, Diego Costa não entrou em detalhes sobre a razão do "adeus", mas indicou um consenso sobre a situação. "Quero agradecer a todos os atleticanos, mas creio que chegou meu momento e, tanto para mim como para o clube, era o melhor que podia acontecer. Creio que é o melhor momento para ambos e a melhor maneira de ajudar este time e ao clube. Dei o melhor, ou ao menos sempre tentei dar o melhor por este clube e essa camisa", escreveu.
Diego Costa procurou se dirigir mais aos torcedores em sua carta de despedida, mas citou seus companheiros e profissionais da comissão técnica. O atacante se disse dividido entre a tristeza por não estar mais no dia a dia da equipe e a felicidade por ter feito parte da história do Atlético de Madrid.
"Eu tinha um sonho, via como toda a torcida gritava o nome dos grandes jogadores que vestiram essa camisa, e sonhava, e acreditava, e me animava a trabalhar para algum dia merecer que gritassem meu nome também. Agora lembro momentos nos quais, no Calderón primeiro, e no Metropolitano depois, gritaram meu nome. E quero dizer que são momentos únicos para mim. Mais que os títulos, porque o carinho, o humano, sempre será o mais importante para mim", recordou.
O jogador defendeu o Atlético de Madrid em um total de 215 jogos e marcou 84 gols em três passagens diferentes. Na atual temporada, no entanto, estava sem espaço com o técnico argentino Diego Simeone, que tem dado preferência à dupla de ataque formada pelo uruguaio Luis Suárez e pelo português João Félix. Entrou em campo apenas sete vezes, sendo duas como titular, e fez dois gols.
Diego Costa conquistou seis títulos pelo Atlético de Madrid: um do Campeonato Espanhol (2013/2014), um da Liga Europa (2017/2018), três da Supercopa da Europa (2010, 2012 e 2018) e um da Copa do Rei (2012/2013).
O atacante sofreu com problemas físicos recentemente e até mesmo com uma trombose venosa, descoberta no mês passado, em meio à pandemia da covid-19. Ele não se incorporou aos trabalhos com o grupo do Atlético de Madrid após o Natal, já que o clube o autorizou a ficar afastado até que a situação fosse resolvida.