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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, foi eleito como o presidente de banco central do ano pela revista britânica The Banker, que é do grupo do jornal Financial Times.
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A escolha ocorreu, segundo a publicação, por conta do papel da instituição na economia brasileira ao longo de 2020, ano em que o mundo todo foi afetado pela pandemia do novo coronavírus e o Brasil foi um dos países mais afetados pela crise sanitária.
"Enquanto no início de 2020 as expectativas eram de que a maior economia da América Latina se contraísse em mais de 9%, os números foram revistos drasticamente no final do ano para cerca de metade disso -a previsão do Fundo Monetário Internacional passou de 9,1% para 5,8%, enquanto alguns analistas acreditam que a contração será inferior a 4,5%", avalia a revista britânica.
De acordo com a The Banker, "muito desse cenário mais promissor se deve ao trabalho do Banco Central do Brasil. A instituição monetária respondeu à crise tomando medidas sem precedentes e eficazes para garantir que a liquidez não secasse no sistema financeiro e tomou outras medidas específicas para que as empresas, em particular as pequenas empresas, pudessem continuar a operar".
A publicação afirma que o programa de liquidez do Banco Central brasileiro representou "impressionantes 17,5% do PIB (Produto Interno Bruto)". A revista destaca ainda que o BC obteve autorização temporária do Congresso para comprar e vender ativos privados para "aumentar ainda mais a liquidez do sistema financeiro, que acabou apoiando também o mercado de títulos em moeda local".
Outro ponto de destaque para a escolha foram medidas consideradas inovadoras adotadas por Campos Neto em 2020, como o sistema de transferências bancárias Pix. Campos Neto venceu na premiação britânica nas categorias Mundo e Americas e o resultado foi publicação no último 31 de dezembro.