SARS-CoV-2. Quais os riscos da variante detectada na África do Sul?

A variante 501.V2 do vírus SARS-COV-2 foi identificada por investigadores sul-africanos e comunicada à Organização Mundial da Saúde (OMS)

© Shutterstock

Lifestyle Covid-19 07/01/21 POR NMBR

Uma nova variante do novocoronavírus, detectadana África do Sul, já atravessou fronteiras - Reino Unido,Áustria, Noruega e Japão já encontraram casos, por exemplo. Os especialistas procuram, com urgência, entender o risco que esta variante representa. A BBCfez um balanço do que se sabe até ao momento.

PUB

Qual é a nova variante?

Todos os vírus sofrem mutações e o SARS-CoV-2, responsável pela doença Covid-19, não é exceção. Segundo a emissora britânica, essas mudanças genéticas acontecem à medida que o vírus faz novas cópias de si mesmo para se espalhar e prosperar.

A maioria é irrelevante, mas algumas podem torná-lo mais infeccioso ou ameaçador para o hospedeiro.

O que dizem os especialistas?

A variante sul-africanachamada 501.V2 carrega a mutação E484K, entre outras. É diferente davariante descoberta recentemente no Reino Unido, ainda que ambas pareçam ser mais contagiosas, o que é um problema porque restrições mais duras à sociedade podem ser necessárias para controlar a disseminação.

Leia Também: Tratamento com plasma rico em anticorpos reduz gravidade da Covid-19, diz estudo

Embora as mudanças na nova variante do Reino Unido não devam prejudicar a eficácia das vacinas atuais, há uma chance de que as da variante sul-africana o façam até certo ponto, dizem os cientistas.

É muito cedo para dizer com certeza, até que mais testes sejam concluídos, embora seja extremamente improvável que as mutações tornem as vacinas inúteis.

"A variante sul-africana tem uma série de mutações adicionais, incluindo alterações em algumas das proteínas do vírus que são preocupantes", diz oespecialista em microbiologia celular na Universidade de Reading, Simon Clarke, à BBC.

A proteína spike é o que o coronavírus usa para entrar nas células humanas. É também a parte em que as vacinas são projetadas, razão pela qual os especialistas estão preocupados com essas mutações específicas. "Elas causam alterações mais extensas na proteína spike do que as alterações na variante de Kent e podem tornar o vírus menos suscetível à resposta imunológica desencadeada pelas vacinas",explicou o especialista.

O professor Francois Balloux, da University College London, disse: "A mutação E484K demonstrou reduzir o reconhecimento de anticorpos. Como tal, ajuda o vírus SARS-CoV-2 a contornar a proteção imunológica fornecida por infeção ou vacinação anterior".

Leia Também: Resposta imunológica contra coronavírus pode durar pelo menos oito meses após infecção, indica estudo

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Cazaquistão Há 4 Horas

Avião com 72 pessoas a bordo cai no Cazaquistão; há sobreviventes

fama Escândalo Há 21 Horas

Espero que a acusação possa ajudar outras vítimas de retaliação, diz Blake Lively

esporte Futebol Há 20 Horas

Libertadores 2025 confirma todos os times e potes após definição na Colômbia

fama Nicole Bahls Há 23 Horas

'Não me sinto confortável', diz Nicole Bahls sobre ser mãe

fama Música Há 4 Horas

Hit natalino de Mariah Carey entra na 17ª semana em primeiro na Billboard

brasil Tragédia Há 20 Horas

Queda de ponte: 76 toneladas de ácido sulfúrico caíram no Rio Tocantins, diz ANA

fama Lgtbq+ Há 20 Horas

Desafiaram as Regras: Famosos LGBTQ+ que se assumiram com coragem

fama Natal Há 18 Horas

Veja as receitas que os famosos preparam no Natal

fama Relacionamento Há 22 Horas

Rumores apontam separação de Lilly Allen e David Harbour

fama Festas Há 4 Horas

Cachorro de Anitta some na noite de Natal: 'ainda vai me matar do coração'