MDB cobra apoio do Planalto em eleição no Senado

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), se reuniu ontem à tarde com Bolsonaro. Pré-candidato à presidência da Casa, Bezerra Coelho está em campanha e tem pedido voto aos colegas

© Shutterstock

Política APOIO 09/01/21 POR Estadao Conteudo

A aproximação do presidente Jair Bolsonaro com o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato de Davi Alcolumbre (DEM-AP) à presidência do Senado, levou o MDB a cobrar apoio do Palácio do Planalto na disputa. Pacheco terá como principal adversário um candidato emedebista, que deve ser definido até o dia 15.

PUB

O Republicanos, partido do senador Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente, declarou nesta sexta, 8, a adesão à campanha de Pacheco. O anúncio expôs a aproximação do governo com o nome escolhido por Alcolumbre para a sua sucessão e fez o MDB se queixar com o Planalto. A eleição que vai renovar o comando da Câmara e do Senado está marcada para fevereiro.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), se reuniu ontem à tarde com Bolsonaro. Pré-candidato à presidência da Casa, Bezerra Coelho está em campanha e tem pedido voto aos colegas.

Bolsonaro, no entanto, mantém a disposição de apoiar Pacheco, líder do DEM, mesmo contrariando o MDB. Para não criar mais melindres, o presidente não deve fazer uma declaração pública.

"O Republicanos acredita que o senador Rodrigo Pacheco tem o preparo necessário para conduzir os trabalhos da Casa, com coerência e determinação e que, de forma conciliadora, saberá lidar com as demais instituições sempre com respeito à Constituição Federal", diz a nota assinada pelo líder do Republicanos no Senado, Mecias de Jesus (RR).

Embora tenha apenas dois senadores, a bancada do Republicanos indica para onde vai o governo nessa disputa, já que abriga Flávio Bolsonaro. Pacheco atraiu, ainda, o apoio do PSD e do PROS. As bancadas que fecharam com ele somam 21 votos. O PT, com seis senadores, também está prestes a compor essa aliança.

O aval dos petistas ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela presidência da Câmara empurra o partido a avalizar Pacheco para o comando do Senado. O motivo alegado é evitar que o MDB volte a ter o comando das duas Casas do Legislativo.

Além de Bezerra Coelho, o MDB tem outros três pré-candidatos. Estão no páreo Eduardo Braga (AM), Simone Tebet (MS) e Eduardo Gomes (TO), que é líder do governo no Congresso. De todos esses nomes, apenas Tebet não tem qualquer aproximação com o Planalto. Apesar de Baleia Rossi na Câmara se apresentar como uma chapa que prega independência do Executivo, no Senado o MDB é governista.

Para tentar barrar uma aliança do DEM com o PT, Braga -- que lidera a bancada do MDB -- fez ontem uma reunião virtual ontem com senadores petistas. Apelou para que o PT adie o anúncio de apoio que se prepara para fazer na próxima segunda-feira, mas o partido está praticamente fechado com Pacheco. Se vencer, o líder do DEM prometeu ao PT a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que hoje está com o Podemos.

O avanço do candidato de Alcolumbre poderá fazer Eduardo Gomes e Bezerra Coelho desistirem da disputa. Integrantes do PSDB, por exemplo, negociam uma aliança, mas rejeitam os dois nomes por serem líderes do governo no Congresso e no Senado, respectivamente.

"Eles vão precisar decidir o que fazer. O importante é que seja uma pessoa mais independente, que o Senado fique à altura. Não dá para ficar submisso ao Executivo ou apenas carimbando medida provisória", disse o líder em exercício do PSDB no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF).

O PSDB avalia a possibilidade de montar um bloco com Cidadania, Podemos e PSL para derrotar Alcolumbre, podendo inclusive apoiar o MDB. Juntos, esses partidos reúnem até 22 votos, mas não há consenso dentro das bancadas para apoiar um nome único. A falta de acordo pode levar o grupo a lançar vários candidatos.

Acordos

Outras bancadas também se movimentam para definir, na próxima semana, se apoiarão Pacheco ou o candidato do MDB. O Progressistas, presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), mantém conversas com os concorrentes em articulação paralela com a Câmara. O partido tenta favorecer Arthur Lira (AL), chefe do Centrão e seu candidato na Câmara, tirando votos do DEM de Rodrigo Maia (RJ), que está aliado a Baleia.

Em conversas reservadas, integrantes do Centrão dizem que as traições na Câmara podem levar o Progressistas a apoiar o DEM no Senado. Para que um candidato seja eleito presidente da Casa precisa ter o apoio de 41 dos 81 senadores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 15 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 7 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL Há 16 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 15 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 13 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

economia LEILÃO-RECEITA Há 13 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

brasil São Paulo Há 15 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

esporte Indefinição Há 15 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

fama Documentário Há 7 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

fama LUAN-SANTANA Há 15 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento