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Toshiro Muto, diretor-geral do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio, aumentou, nesta terça-feira, os rumores de que a Olimpíada possa não ter público nas competições ou mesmo ser adiada mais uma vez.
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"Acho que teremos que tomar uma decisão muito difícil por volta de fevereiro a março", disse o dirigente em uma entrevista online apresentada pela agência de notícias Kyodo. A preocupação dos organizadores japoneses dos Jogos Olímpicos é por causa do aumento de casos de coronavírus no país e a divulgação de uma pesquisa do desejo de 80% da população local de que a competição fosse adiada ou até mesmo cancelada.
No entanto, Mori negou que uma reunião já esteja marcada e afirmou ser "absolutamente impossível" adiar os Jogos novamente, principalmente porque o comitê organizador não iria conseguir manter seu quadro de funcionários por mais um ano. Em março de 2020, os Jogos, previstos para terem início em julho, foram adiados até julho de 2021.
"Quando este tipo de informação vem à tona, algumas pessoas podem ficar preocupadas", afirmou Muto. "Quero dizer que não pensamos assim de forma alguma e que essas matérias são falsas", acrescentou. Muto minimizou a pesquisa divulgada no domingo, que mostrou uma queda do apoio da opinião pública à celebração dos Jogos Olímpicos. Na semana passada, o Japão declarou estado de emergência em Tóquio e em suas regiões limítrofes, devido ao aumento de casos de covid-19.
A situação reforça o ceticismo da opinião pública em relação aos Jogos. Na pesquisa da agência de notícias Kyodo, 45% dos entrevistados se manifestaram a favor de um novo adiamento, e 35%, de seu cancelamento definitivo. "O número de pessoas pedindo o adiamento dos Jogos aumentou muito, mas isso significa que essas pessoas continuam querendo que os Jogos sejam realizados", disse Muto.
"É claro que, para que ocorram, devemos garantir que organizamos Jogos seguros com medidas contra o vírus", frisou Muto.
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