Carol Narizinho afirma que foi humilhada e assediada no Pânico

egundo ela, não foram poucas as vezes em que a diretoria do humorístico as criticava por causa do corpo

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Fama Relato 21/01/21 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A modelo e atriz Carol Narizinho, 30, diz que sofreu com inúmeras humilhações enquanto assistente de palco do programa Pânico na Band (2012-2013). Segundo ela, não foram poucas as vezes em que a diretoria do humorístico as criticava por causa do corpo.

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"Tinha muita pressão para ter o corpo perfeito. Toda semana antes de entrar no ar, o diretor ia no camarim, apontava os nossos defeitos na frente uma da outra, dizia quem estava gorda, com celulite. Uma vez, ele me falou, na frente de fãs, que eu estava com celulite e que a minha bunda estava cheia de buraco. Já o vi humilhar meninas por ter estrias ou por estar com o cabelo feio", disse ela em entrevista à revista Quem.

Até por conta dessa pressão pelo corpo perfeito que ela começou a fazer uso de anabolizantes. E os reflexos disso podem ser sentidos até hoje. "Entrei em muitas neuras. Comecei a fazer dietas absurdas, que me deixaram traumatizadas. Antes do Pânico, também fiz uso de anabolizantes porque queria o corpo dos sonhos. Carrego até hoje os danos no corpo. A voz modificou, tive muita queda de cabelo, excesso de suor e espinhas", lembrou.

A ex-assistente de palco, que tinha de ficar de biquíni o tempo todo e participar de provas consideradas machistas, conta que também sofreu assédio nos bastidores. "Sofri muito assédio nos bastidores da TV. Muitas pessoas com cargos maiores tentaram me comprar de alguma forma. Tentavam me convencer a fazer tal coisa, convidavam para vinho. Diretores davam algumas indiretas de coisas que poderia fazer para conseguir algo melhor, mas nunca me submeti a isso."

De acordo com a atriz e modelo, nessa época recebeu diversas propostas indecentes até de pessoas de fora da televisão. "Propostas milionárias que se eu tivesse aceitado estaria com uma vida de rainha hoje em dia. Não julgo quem faz, o corpo é dela e ela faz o que quiser."

A Band disse que não costuma comentar temas desse tipo e afirma que a produção era independente da emissora. Emilio Surita, líder da atração, e o diretor da época, Allan Rapp, não responderam às solicitações.

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