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A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em manter a Selic (a taxa básica da economia) em 2,00% ao ano, veio acompanhada da retirada do "forward guidance" - prescrição futura, no jargão inglês. Desde agosto do ano passado, o Copom passou a usar o instrumento se comprometendo a não elevar os juros de acordo com três condições: projeções de inflação abaixo da meta no horizonte relevante, manutenção do regime fiscal e expectativas de longo prazo ancoradas. Na reunião de dezembro, o Copom já havia sinalizado que o forward guidance seria abandonado "em breve".
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"Em vista das novas informações, o Copom avalia que essas condições deixaram de ser satisfeitas já que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estão suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária. Como consequência, o forward guidance deixa de existir e a condução da política monetária seguirá, doravante, a análise usual do balanço de riscos para a inflação prospectiva", justificou o Copom, no comunicado da decisão desta quarta-feira, 20.
Mais uma vez, o colegiado ressaltou que a retirada do "forward guidance" não implica uma elevação mecânica da Selic, já que as incertezas quanto à evolução da atividade econômica continuam demandando um estímulo monetário "extraordinariamente elevado".