Estudo cita comportamento de predação social em peixes da Amazônia

Assim como as baleias, os lobos e os golfinhos, os poraquês, segundo o estudo recém-lançado, realizam buscas em grupo a presas e atacam coordenadamente, a fim de beneficiar todo o grupo

© Shutterstock- imagem ilustrativa

Brasil Amazônia 25/01/21 POR Agência Brasil

Pela primeira vez, estudiosos conseguiram registrar em uma pesquisa o comportamento de predação social entre poraquês, peixes-elétricos da Amazônia. Assim como as baleias, os lobose os golfinhos, os poraquês, segundo o estudo recém-lançado,realizam buscas em grupo a presas e atacam coordenadamente, a fim de beneficiar todo o grupo.

PUB

O estudo foi feito por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, e da Smithsonian Institution, dos Estados Unidos. O trabalho – financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Smithsonian’s Global Genome Initiative, pela National Geographic Society e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) – foi publicado na últimaquinta-feira (14), na revista Ecology and Evolution.

O comportamento inédito dos peixes-elétricos foi registrado em um lago da Estação Ecológica Terra do Meio, no Pará. Um grupo de cerca de 100 poraquês da espécie Electrophorus voltai, cada um com até 1,8 metro de comprimento, foi filmado caçando em grupo.

“Nos mais de 250 anos desde que esse animal foi descrito pela primeira vez, esse comportamento nunca havia sido registrado”, conta Douglas Bastos, primeiro autor do trabalho e doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Biologia de Água Doce e Pesca Interior do Inpa.

Segundo a pesquisa, na maior parte do dia e durante toda a noite, os animais repousam na porção mais funda do lago. No alvorecer e no crepúsculo, porém, eles migram para uma área mais rasa, com menos de um metro de profundidade. Nesses horários, as piabas – peixes que servem de alimentação aos peixes-elétricos – estão indo para o leito se alimentar ou voltando para a margem para descansar. É o momento em que os poraquês atacam.

“Nossa hipótese inicial é que locais como esse, com grande abundância de presas e abrigo para dezenas de poraquês, favoreçam a caça em grupo e o desenvolvimento da estratégia de predação social. Por isso, é possível que o fenômeno ocorra em outros locais e até mesmo com outras espécies de poraquê. Só não foi registrado ainda”, destaca Carlos David de Santana, pesquisador-associado do National Museum of Natural History, da Smithsonian Institution.

O artigo Social Predation in Electric Eels pode ser lido na íntegra aqui.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Rio Grande do Sul Há 13 Horas

Avião cai em Gramado; governador diz que não há sobreviventes

mundo EUA Há 16 Horas

Professora que engravidou de aluno de 12 anos é condenada

fama GUSTTAVO-LIMA Há 19 Horas

Gusttavo Lima é hospitalizado, cancela show no festival Villa Mix e fãs se revoltam

fama WILLIAM-BONNER Há 16 Horas

William Bonner quebra o braço e fica de fora do Jornal Nacional no fim do ano

brasil BR-116 Há 17 Horas

Acidente com ônibus, carreta e carro deixa 38 mortos em Minas Gerais

fama Pedro Leonardo Há 17 Horas

Por onde anda Pedro, filho do cantor Leonardo

lifestyle Smartphone Há 17 Horas

Problemas de saúde que estão sendo causados pelo uso do celular

esporte FUTEBOL-RIVER PLATE Há 16 Horas

Quatro jogadoras do River Plate são presas em flagrante por racismo

fama Vanessa Carvalho Há 17 Horas

Influenciadora se pronuncia após ser acusada de trair marido tetraplégico

mundo Síria Há 18 Horas

'Villa' luxuosa escondia fábrica da 'cocaína dos pobres' ligada a Assad