© José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira que a "maioria parlamentar" que vencer as eleições no Congresso deve "imediatamente" desobstruir a pauta de votações, que ficou travada nos últimos 60 a 90 dias. Em evento promovido pelo Credit Suisse, ele não citou especificamente a que maioria parlamentar se referia. O Palácio do Planalto apoia os parlamentares Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente.
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No ano passado, o próprio Guedes fez uma aproximação com Lira e seu grupo. Pacheco, por sua vez, trabalhou diretamente com a equipe econômica na aprovação da nova Lei de Falências, da qual foi relator no Senado.
Guedes disse que o Congresso é "reformista" e listou uma série de propostas que devem avançar após a resolução da disputa, como independência do Banco Central, nova lei do gás e outros marcos regulatórios. Apesar disso, ele reconheceu que o "timing" das aprovações é político.
"Estávamos no trilho com reformas, de repente pegou fogo na mata (pandemia), descemos do trem e combatemos o incêndio", disse o ministro. "A ideia é que a recuperação cíclica baseada em consumo se transforme em 2021 em retomada sustentada", acrescentou.
Na avaliação dele, o que falta agora é destravar horizonte de investimentos e aprovar uma reforma tributária que seja simplificadora. "A sociedade está saturada de impostos", afirmou.