Élcio Franco faz comparação com vacina para justificar indicação de clorquina

Em entrevista à rádio CBN nesta quinta-feira (28), Franco disse: "A vacina que também não tem bula neste momento, para o uso emergencial, a Anvisa determinou que haja o termo de consentimento livre esclarecido para que o paciente seja imunizado durante período de uso emergencial até que ela tenha bula, então é uma situação bem semelhante"

© Reprodução- Tv Brasil

Brasil Ministério da Saúde 28/01/21 POR Estadao Conteudo

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou que no combate à covid-19 no País há "uma situação bem semelhante" entre o uso de medicamentos sem eficácia comprovada, como a cloroquina - cujo uso foi diversas vezes incentivado pelo presidente Jair Bolsonaro -, e a aplicação de vacinas e imunizantes cujo uso emergencial foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Em entrevista à rádio CBN nesta quinta-feira (28), Franco disse: "A vacina que também não tem bula neste momento, para o uso emergencial, a Anvisa determinou que haja o termo de consentimento livre esclarecido para que o paciente seja imunizado durante período de uso emergencial até que ela tenha bula, então é uma situação bem semelhante".

Franco respondia à pergunta feita pelo jornalista e apresentador Milton Jung: "O senhor agora há pouco disse que não se comprou vacinas antes porque não tinha comprovação. Não é uma contradição o governo gastar o que gastou em cloroquina sabendo que há uma série de estudos dizendo que não funciona para nada no combate à covid-19?".

Segundo o secretário, receitar cloroquina ou outros medicamentos sem eficácia comprovada no combate à covid-19 "faz parte da autonomia do médico". Franco também rechaçou críticas de que o aplicativo feito pelo Ministério da Saúde TrateCov incentivasse o uso de tais remédios. "Não é uma recomendação. Se você pegar a bula de um remédio, está dizendo que o antibiótico se presta para um tipo de inflamação, mas isso não é uma recomendação", afirmou.

O aplicativo foi retirado do ar, após críticas de entidades de classe, entre elas o Conselho Federal de Medicina (CFM). De acordo o Ministério da Saúde, o objetivo do aplicativo era "auxiliar os profissionais de saúde na coleta de sintomas e sinais de pacientes, visando aprimorar e agilizar os diagnósticos da covid-19". O aplicativo também é responsável por sugerir "algumas opções terapêuticas", segundo informações do governo federal.

Conforme mostrou reportagem do Estadão/Broadcast, o aplicativo recomenda o uso de cloroquina, ivermectina e outros fármacos para náusea e diarreia, além de antibióticos - cuja prescrição é controlada a fim de conter o surgimento de cepas bacterianas multirresistentes, segundo manual do CFM.

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