Pessoas que sofrem de depressão e ansiedade bebem mais álcool na pandemia

Indivíduos diagnosticados com depressão clínica estão 64% mais propensos a aumentarem o consumo de bebidas alcoólicas, revela um novo estudo

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Lifestyle Covid-19 08/02/21 POR NMBR

Quem sofre de depressão e de ansiedade apresenta uma maior predisposição para a aumentar a ingestão de álcool durante a atualpandemiada Covid-19, revela um novo estudo realizado por uma equipe de investigadores da Faculdade de Saúde Pública Global da Universidade de Nova York (NYU), nos Estados Unidos, divulgado na revista Galileu.

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Há muito que a relação entre o álcool e situações de estresse ou trauma é estudada por especialistas da área da psiquiatria e psicologia.

Para efeitos daquela pesquisa, os pesquisadores da NYUprocuraram perceber como os fatores estressantesassociados à pandemia daCovid-19 impactaram no consumo de bebidas alcoólicas e como os indivíduos que sofrem de transtornos de saúde mental foram afetados.

Os especialistas questionaram 5.850 norte-americanos entre março e abril de 2020. Desses, 29% afirmaram ter ingerido mais álcooldo que o habitual.

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As pessoas entrevistadas que sofriam de depressão clínica revelaram ser 64% mais propensas ao aumento do consumo alcoólico. Entretanto, os indivíduos com ansiedade apresentaram uma probabilidade 41% mais elevada de beber em exagero, comparativamente a quem não padecia do transtorno psicológico.

Adicionalmente, e conforme explica a revista Galileu, os dados relativos à ingestão de bebidas alcoólicas variaram de acordo com a idade dos entrevistados. Os adultos mais jovens, até aos 40 anos, estavam entre os mais suscetíveis a aumentarem o consumo, contudo não foram detectadas diferenças significativas entre pessoas com ou sem transtornos.

"Essa subida no consumo de bebidas, especialmente entre pessoas com ansiedade e depressão, valida as preocupações de que a pandemia pode estar a desencadear uma epidemia de uso problemático de álcool", alerta num comunicado Ariadna Capasso, estudante de doutorado na NYU e uma das autoras do estudo.

De modo a contrariar esta tendência, os pesquisadores apoiam o fortalecimento e expansão dos serviços de saúde mental durante a pandemia, incluindo ferramentas da telesaúde.

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