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O Banco do Brasil criou uma engenharia para aumentar em cerca de R$ 10 bilhões o crédito subsidiado a produtores rurais sem impactar as contas públicas. Parte do dinheiro virá das aplicações em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), um investimento de renda fixa. No fim de 2015, técnicos do BB propuseram ao Ministério da Fazenda mudanças contábeis para liberar recursos.
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A proposta consistia em liberar parte do dinheiro depositado nas contas de poupança rural, que deveria, pelas normas do Banco Central, ser aplicada em crédito rural. Como, por causa da queda dos subsídios pagos pelo Tesouro Nacional, o BB não conseguiu cumprir a meta de emprestar os 74% que deveria da poupança rural, os recursos estavam parados no BC.
A proposta do BB era pegar essa sobra e aplicar no mercado financeiro. Com os ganhos, o próprio BB arcaria com os subsídios ao crédito rural e não o Tesouro. A proposta foi imediatamente aceita por Barbosa. E antes da virada do ano, o CMN autorizou.