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A disposição de rejeitos na Barragem Itabiruçu foi suspensa temporariamente pela Vale em outubro de 2019, seguindo avaliação da própria empresa e de órgãos de fiscalização externos. Durante a paralisação, a barragem adotou o protocolo de emergência em Nível 1, em linha com recomendação da Agência Nacional de Mineração (ANM). O protocolo em Nível 1 não requer evacuação da população a jusante. “Ao longo desde período, permaneceu válida a Declaração de Condição de Estabilidade (DCE)”, informou a mineradora.A retirada do nível de emergência ocorreu depois de extensa campanha de investigação geotécnica da estrutura, que durou cerca de um ano. Nesse período, com apoio de empresas especializadas, como o Engineer of Record (EoR), foram efetuados diversos estudos de fundação, geologia, método construtivo, entre outras áreas, que indicaram, com maior precisão, as condições atuais da barragem. Todo o trabalho foi acompanhado pela assessoria técnica do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e validado pela ANM.
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A Vale informou ainda que, em 2020, foram produzidas 23,9 milhões de toneladas (Mt) de minério de ferro no complexo de Itabira, bem abaixo dos 40 milhões de toneladas por ano (Mpta) de capacidade potencial do complexo. Segundo a empresa, estão sendo feitas investigações geotécnicas complementares para determinar as medidas de engenharia necessárias à continuidade das obras de alteamento da barragem. Tais obras vão aumentar a flexibilidade operacional do complexo, enquanto os projetos de filtragem de rejeitos como solução definitiva para o complexo vão sendo implementados, com expectativa de conclusão em 2022.De acordo com a companhia, “a adequação da segurança da barragem Itabiruçu reforça o compromisso da Vale em ser uma das mineradoras mais seguras do mundo, e é mais um passo importante na retomada dos 400 Mtpa de capacidade de produção de minério de ferro no final de 2022”, concluiu a nota.