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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O vendedor de 34 anos, que estava preso suspeito de matar a mulher, em 31 de janeiro, supostamente após uma briga motivada por uma partida de futebol, saiu da cadeia na manhã desta quinta-feira (25), depois de a Justiça expedir alvará de soltura na véspera.
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A empresária Érica Fernandes Alves Ceschini, 34, foi morta a facadas em casa, no bairro São Domingos (zona norte da capital paulista).Antes de ser morta, segundo a polícia, ela comemorou a conquista da Copa Libertadores pelo seu time, o Palmeiras -o alviverde derrotou o Santos na véspera, na final do torrneio sul-americano.
O marido, Leonardo Souza Ceschini, torcedor do Corinthians, confessou o crime na ocasião, também de acordo com a polícia, quando foi preso em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil.
A advogada Alessandra Martins Cordeiro, que defende o vendedor, não atendeu às ligações da reportagem e nem respondeu às mensagens enviadas pela reportagem.
Na decisão publicada nesta quarta, a juíza Maria Carolina Pimentel Saadi, da 5ª Vara do Júri, concedeu a liberdade provisório a Ceschini , alegando "excesso de prazo na prisão cautelar".
Como o Ministério Público solicitou que a Polícia Civil ouvisse novas testemunhas sobre o caso na segunda-feira (22), a magistrada entendeu ser inviável manter o marido preso.
"Verifico que já se encontra em muito ultrapassado o prazo para o oferecimento da denúncia [por parte do Ministério Público], razão pela qual a prisão do indiciado representa nítido constrangimento ilegal, devendo ser imediatamente relaxada", diz trecho da decisão.
O promotor de Justiça Fernando Bolque afirmou nesta quinta ao Agora que não pretender entrar com recurso à decisão judicial, pelo fato de ainda "não existirem elementos" para denunciar o suspeito. "Já solicitei para a polícia promover diligências o mais rápido possível", explicou.
Segundo ele, a polícia precisa ouvir um casal que estava com a vítima e com o vendedor horas antes do crime.
Além disso, o promotor também aguarda laudo pericial do celular de Érica, que pode ter mais provas sobre o caso. "Quando os elementos forem levantados, farei a denúncia e pedirei a prisão novamente."
Bolque acrescentou que, com base em um argumento da defesa, de que o crime teria ocorrido por questões conjugais, ele pretende solicitar o acréscimo de feminicídio (quando a vítima é morta por ser mulher) no caso.
A irmã de Érica, a coordenadora pedagógica Aline Fernandes, 38 anos, soube da soltura por meio da imprensa. Em um primeiro momento, afirmou, a família ficou "consternada e indignada" ao saber que "um assassino confesso" estaria em liberdade.
"Mas depois, entendemos o que aconteceu e fomos tomados por um sentimento de medo, por ele estar em liberdade e poder tentar fazer algo contra nós e contra os filhos dele [gêmeos de 2 anos, mantidos sob a guarda da avó materna]", afirmou.