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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em seu primeiro evento virtual do ano, a Apple anunciou nesta terça-feira (20) uma nova versão de iPad, uma linha de computadores coloridos e um serviço de assinatura de podcast.
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Além dos principais lançamentos, a gigante de tecnologia dos Estados Unidos também apresentou mudanças no Apple card, o AirtTag (um pequeno rastreador portátil que facilita a busca por objetos perdidos), a nova geração da AppleTV 4K e um iPhone 12 (a última versão, de outubro) na cor roxa.
Já aguardado pelo mercado, o novo iPad Pro contará com a mesma arquitetura da nova linha de computadores da Apple.
Com o chip M1, o mais avançado já produzido pela companhia, a velocidade de processamento e o desempenho gráfico devem evoluir 50% e 85%, respectivamente, segundo dados da companhia. Ele já está inserido em outros produtos do mercado, como o MacBook Air de 13 polegadas e o MacBook Pro.
O tablet também terá a opção de conexão 5G, assim como a última linha de iPhones anunciada em 2020.
Nos Estados Unidos, o novo iPad de 11 polegadas custa US$ 799; o de 12,9 polegadas, US$ 999. Na loja online do Brasil, eles custam R$ 10.799 e R$ 14.799, respectivamente, e não têm data definida para a entrega. Segundo a empresa, os produtos devem chegar "em breve".
A Apple registrou um dos melhores trimestres para a venda de iPads nos últimos anos no período de outubro a dezembro de 2020. Com o distanciamento social devido ao coronavírus, as compras por dispositivos móveis e eletrônicos em geral cresceram, e a receita do setor de tablets subiu 41% na companhia americana em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Foram US$ 8,4 bilhões em vendas.
Também anunciado no evento transmitido de Cupertino, na Califórnia, o novo iMac chega ao mercado com um catálogo de sete cores e a espessura 50% menor em relação à última versão de computadores (com 11,5mm). A tela tem 24 polegadas e 4.5K de resolução.
As opções de cor são branco, azul, roxo, vermelho, laranja, amarelo e verde.
Com uma evolução de câmeras e de áudio destinados a otimizar a pessoa em frente à tela -uma demanda para o período de lives e conferências ao vivo-, a nova linha tem o chip M1, uma tela que se adapta de acordo com a luz do ambiente, hiperdetalhamento de rosto na imagem e recursos avançados de áudio para dar mais clareza à voz.
Os microfones prometem "qualidade de estúdio", segundo a Apple, e vêm com um sistema de som de seis alto-falantes. De acordo com a empresa, a ideia é que o interlocutor não ouça "o que está a sua volta". O teclado também recebe o Touch ID, um botão de impressão digital que permite login e transações com maior segurança.
Também sem data para chegar ao Brasil, os computadores custarão US$ 1.299 e US$ 1.499 nos Estados Unidos, e estarão disponíveis na segunda metade de maio. Na loja brasileira vão de R$ 17.599 a R$ 22.599, a depender das configurações.
Com o mercado de podcasts aquecido, a empresa também lançou um serviço de assinatura em seu aplicativo Apple Podcasts. Disponível em 170 países no próximo mês, o serviço pago dará vantagens como conteúdo livre de anúncios e acesso antecipado.
Parceiros iniciais, como a rádio NPR, pagarão cerca de US$ 20 para a Apple por ano para oferecer assinaturas no aplicativo, de acordo com o site The Verge. A companhia americana ficaria com 30% da receita no primeiro ano e com 15% nos anos seguintes.
O evento teve a participação de Tim Cook, presidente-executivo da companhia, que dedicou parte de sua falar ao setor de podcasts. Em sua apresentação, destacou que a Apple ajudou a fomentar a indústria desse tipo de mídia em 2005.
Pesquisa recente da eMarketer sobre o nicho de podcasts mostra que, pela primeira vez, o Spotify deve ultrapassar o aplicativo da Apple nos Estados Unidos. A previsão é que 28,2 milhões de americanos ouçam podcasts pelo aplicativo europeu ao menos uma vez por mês neste ano, contra 28 milhões no aplicativo americano.
A projeção de crescimento para o Spotify em 2021 é de 41,3%. A Apple perde participação nesse mercado desde 2018, quando detinha cerca de 34% dos ouvintes, fatia que caiu par a 23,8% hoje, segundo a eMarketer.
A gigante americana também anunciou o AirTag, um pequeno dispositivo portátil para auxiliar a busca por objetos perdidos.
Conectado ao Find My (aplicativo da Apple que localiza aparelhos pessoais da marca), o objeto digital pode servir como uma espécie de chaveiro, sendo acoplado a malas, mochilas ou carteiras, por exemplo. Atráves do aplicativo da Apple, é possível rastrear o AirTag e encontrá-lo com a ajuda de indicações de som e imagem emitidas pelo tablet ou celular.
Nos Estados Unidos, o dispositivo será vendido por US$ 29. No Brasil, o preço mínimo é de R$ 369, sem data prevista para entrega.