Após ataques sexuais, aulas ensinam migrantes a tratar mulheres
Os ataques sexuais no Ano Novo em cidades alemãs e suecas levaram a Finlândia a aprofundar temas como a igualdade sexual
© Reprodução BBC
Mundo
Finlândia
22/01/16
POR Notícias ao Minuto
A Finlândia está preocupada com o aumento dos ataques sexuais e acredita que a educação dos migrantes é fundamental para incutir os valores ocidentais, principalmente no que toca aos comportamentos a ter perante elementos do sexo feminino.
“Na Finlândia não se pode comprar uma esposa. Uma mulher só será sua se ela quiser, porque aqui as mulheres são iguais aos homens”, explica calmamente Johanna, uma das professoras responsáveis pela aprendizagem dos refugiados que chegam ao país.
Na aula a que a BBC assistiu, a docente dá exemplos e mostra que há comportamentos que não são bem aceites pelos países ocidentais. “Aqui, pode ir a uma discoteca com uma mulher. Contudo, lembre-se: mesmo que ela tenha uma saia curta e esteja dançando perto de você, não significa que queira ter relações sexuais”, ressalta.
Os olhares de aceitação e de reprovação espalham-se pela sala e, enquanto a maioria dos jovens abanam a cabeça como forma de concordar, há alunos mais velhos que lançam olhares de incompreensão.
“É um país muito liberal. Temos muito para aprender. No meu país, se fizermos sexo com uma mulher somos mortos”, atira um dos alunos. “Isso é impressionante, no meu país uma mulher não deve sair à rua sem o marido ou irmão”, reitera outro.
Nas aulas de integração na Finlândia são ainda abordados temas como a homossexualidade, a etiqueta, os costumes do país e até alguma legislação.
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