© Tóquio receberá competição com ginastas estrangeiros em novembro
A Associação Médica de Tóquio, que conta com mais de 20.000 membros, pediu nesta quinta-feira que os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus, sejam realizados a portas fechadas, sem presença de público, devido ao agravamento do surto global da covid-19, enquanto que outra organização solicitou o cancelamento do evento para evitar uma potencial "catástrofe".
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Dez departamentos japoneses, incluindo a capital Tóquio, encontram-se atualmente em estado de emergência pelo aumento do número de casos no Japão até a próxima segunda-feira. No entanto, esta medida deverá será renovada nesta sexta pelo governo.
Várias pesquisas feitas nos últimos meses mostram que a maioria da população japonesa se opõe à realização dos Jogos Olímpicos, que serão realizados de 23 de julho a 8 de agosto, embora os seus organizadores e o Comitê Olímpico Internacional (COI) garantam que serão realizados de forma segura.
A Associação Médica de Tóquio não pediu o seu cancelamento, mas seu presidente Haruo Ozaki estimou que "organizar os Jogos sem espectadores seria o mínimo, levando-se em consideração a situação atual". O Comitê Organizador de Tóquio-2020 já anunciou a proibição para espectadores estrangeiros, pela primeira vez na história olímpica. A decisão sobre a entrada dos moradores será feita em junho.
Ozaki pediu ao governo japonês que tome imediatamente medidas mais rígidas contra o novo coronavírus, alertando que é "a última chance" de controlar os contágios antes dos Jogos.
Naoto Ueyama, presidente de um pequeno sindicato de médicos japoneses, pediu o cancelamento dos Jogos, considerando "perigoso" trazer milhares de atletas, técnicos e jornalistas. "Inicialmente, os Jogos Olímpicos de Tóquio foram chamados de Jogos de Reconstrução, após o terremoto e tsunami de 2011, mas eles podem gerar outra catástrofe", acrescentou. Seu sindicato representa apenas 130 médicos de todo o Japão.
Outras organizações médicas no país, entre elas uma que conta com seis mil médicos em Tóquio, pediram neste mês o cancelamento dos Jogos Olímpicos.