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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A atriz Juliana Paes, 42, está envolvida em uma polêmica. Depois de ser duramente criticada na internet por defender a médica Nise Yamagushi, que participou da CPI da Covid, agora ela veio a público rebater uma "cara colega" da dramaturgia que a "agrediu" com palavras.
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Paes diz que resolveu se posicionar politicamente depois de, segundo ela, "ter sido acusada de ser covarde, desonesta e criminosa" por uma atriz cujo nome ela prefere omitir.
Em vídeo publicado nesta quarta-feira (2), a atriz afirma que discorda da opinião da "colega" que disse que ela não se posiciona. "Cara colega, apesar de ter sido agredida por suas palavras caluniosas, eu me dispus a te responder", começou.
"Já falei publicamente sobre querer vacinas, mas eu não vou fazer isso todos os dias. Fui a primeira a pedir que as pessoas ficassem em casa quando você ainda nem estava tão preocupada, mas não me sinto no direito de pedir para as pessoas ficarem sem trabalhar", disparou.
A atriz negou que seja eleitora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como a pessoa que ela diz tê-la atacado teria dado a entender. "Eu não sou 'bolsominion' como o pessoal adora falar. Tenho críticas severas a esse que nos governa. Por outro lado não quero que governe o Brasil essa oposição que se insinua para o futuro. Então estou num ambiente onde não me sinto representada por ninguém", justificou.
Na sequência, Juliana disse que não aprova "os ideais arrogantes de extrema direita nem os delírios comunistas da extrema esquerda". "Quero respeito, acolhimento a todas as causas minoritárias. Mas quero que isso aconteça independentemente de ideologia política", completou.
Na visão dela, não é por que uma pessoa não fala de política o tempo inteiro que necessariamente está de um lado ou de outro. A atriz criticou o que chamou de "polarização doentia".
"Eu não admito ser colocada em nenhum desses dois polos. Não quero contribuir para essa polarização doentia. Não nesse momento obscuro onde o ódio reverbera mais. Ou você é isso ou é aquilo. Isso não existe. Somos múltiplos", concluiu.
A atriz Letícia Sabatella, 50, não concordou com o que foi dito por Juliana e a chamou para uma conversa. "Sempre tive e sigo com o mesmo carinho e admiração por você. Um dia, a gente pode conversar com calma, te mostraria que, através de muitas fake news disseminadas para acreditarmos que o Brasil corre o risco de virar uma ditadura comunista, partem de quem está querendo implantar uma ditadura em nosso país", disse.
SAMANTHA SCHMÜTZ REBATE E VIRA ALVO
Por mais que não tenha sido citada, a atriz Samantha Schmütz, 42, com quem Paes contracenou em 2015 na novela "Totalmente Demais" (Globo), rebateu tudo o que foi dito por ela. Assim, tem sido apontada como o alvo das críticas de Juliana.
"Não existe nenhuma 'extrema esquerda' atuando com poder relevante no Brasil", disse a atriz em mensagens pelas redes sociais.
"Não é obrigação de nenhum artista ou de qualquer cidadão ter uma posição política pública. Mas é bem-vindo aquele que quando resolve se pronunciar entenda minimamente sobre o que escolheu colocar em pauta", emendou Schmütz.
Na quarta-feira (2), Samantha já havia publicado uma indireta no Instagram. "Gente, quem não está falando não é porque está em cima do muro. É porque está do outro lado do muro mesmo. O lado que dá vergonha de estar", publicou.
Os nomes de ambas figuraram entre os assuntos mais comentados nas redes sociais assim como a palavra "comunismo", citada por Juliana em seu discurso.
Procurada, a assessoria de imprensa de Samantha Schmütz disse que ela não comentaria o caso.