Líderes do G7 anunciam apoio a imposto global mínimo

As novas regras são vistas como necessárias por especialistas brasileiros em direito tributário, mas tendem a beneficiar mais os países ricos do que aqueles em desenvolvimento, como o Brasil

© Getty Images

Mundo G7 13/06/21 POR Folhapress

Os líderes do G7 -fórum das nações ricas- endossaram neste domingo (13) o acordo histórico anunciado no último dia 5 pelos ministros de finanças dos países sobre um imposto mínimo global sobre grandes multinacionais e empresas de tecnologia.

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"Precisamos de um sistema tributário justo em todo o mundo. Endossamos o compromisso histórico feito pelo G7 em 5 de junho. Vamos agora continuar a discussão para chegar a um consenso sobre um acordo global por uma solução equitativa na atribuição de direitos tributários e um ambicioso imposto mínimo de pelo menos 15%", diz o G7 em comunicado.

De acordo com o texto, fruto da reunião realizada na Cornualha (Inglaterra) neste fim de semana, o próximo passo é chegar a um acordo na reunião de julho de ministros das Finanças e governadores de Bancos Centrais do G20, grupo que engloba países emergentes, e também no fórum da OCDE que trata do tema.

Segundo o grupo de líderes, o acordo representa um passo significativo para criar um sistema tributário mais justo para o século 21 e que ajudará a aumentar as receitas para apoiar o investimento e combater a evasão fiscal.

O presidente americano, Joe Biden, afirmou depois da reunião que a proposta de taxação global mínima vai promover a igualdade entre países. Em conjunto com um plano para financiar projetos de infraestrutura nos países em desenvolvimento, essas ações vão conter a influência chinesa e fortalecer uma "alternativa democrática", segundo o jornal The New York Times.

Ainda de acordo com o jornal americano, uma autoridade da Casa Branca disse a repórteres que o acordo em torno da tributação para multinacionais é um endosso histórico que vai promover uma renovação doméstica nos países e impulsionar a classe média.

As novas regras são vistas como necessárias por especialistas brasileiros em direito tributário, mas tendem a beneficiar mais os países ricos do que aqueles em desenvolvimento, como o Brasil.

Outro desafio para o avanço da proposta é a ratificação pelos parlamentos nacionais –nos EUA, por exemplo, republicanos já se mostram resistentes ao plano.

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