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Mesmo que ainda indefinido, o reajuste dos valores das bandeiras tarifárias de energia elétrica já tem provocado elevações nas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que chegam a 6,5%, mais de 1 ponto acima do teto da meta (5,25%).
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A bandeira vermelha patamar 2 pode vigorar até dezembro em meio à maior crise hídrica dos últimos 90 anos. Novos valores das bandeiras devem ser anunciados este mês, segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone.
Ele indicou que o reajuste da faixa vermelha 2, a mais cara do sistema criado em 2015, poderia superar o aumento de 21% proposto em consulta pública, em março. O mercado cogita uma alta de até 60%, o que levaria a cobrança extra para R$ 10 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
A bandeira vermelha 2, que tem custo adicional de R$ 6,243, iria a R$ 7,571 caso adotada a proposta da consulta pública. A bandeira vermelha 1 subiria 10,3%, de R$ 4,169 para R$ 4,599. Em relação à bandeira amarela, a proposta era de redução, de R$ 1,343 a cada 100 kWh para R$ 0,996 - queda de 25,8%.
O economista João Fernandes, sócio da Quantitas Asset, passou a considerar o aumento de 60% da bandeira vermelha 2, mas com uma probabilidade de 70% de ser essa faixa em dezembro e de 30% de ser a bandeira vermelha 1. Sua projeção para o IPCA subiu de 6,40% para 6,50%. Nas contas dele, o impacto de um aumento a R$ 7,57 sobre o IPCA seria de 0,10 ponto porcentual. Caso chegue a R$ 10, o efeito seria de 0,27 ponto porcentual.
Na LCA Consultores, o economista Fábio Romão trabalha com um aumento da taxa extra da bandeira vermelha 2 para R$ 7,57, com impacto de 0,10 ponto sobre o IPCA, o que elevou de 6,13% para 6,23% sua estimativa para 2021.
O economista Leonardo França Costa, do ASA Investments, cogita 21% sobre a bandeira vermelha 2, com impacto de 0,07 ponto sobre o IPCA de julho. Caso o aumento seja de 60%, o efeito seria de 0,21 ponto no sétimo mês.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.