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SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi assassinado nesta quarta-feira (7) em um ataque a sua casa por um grupo de pessoas ainda não identificadas, anunciou o primeiro-ministro do país, Claude Joseph.
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A mulher do presidente, Martine Moise, ficou ferida no ataque e foi hospitalizada, disse Joseph, que pediu calma à população e garantiu que a polícia e o Exército estão encarregados de manter a ordem.
Joseph condenou o que chamou de "ato odioso, desumano e bárbaro", acrescentando que a Polícia Nacional do Haiti e outras autoridades tinham a situação no país caribenho sob controle.
O ataque ocorreu em meio a uma onda crescente de violência política no país. Com o Haiti politicamente dividido e enfrentando uma crescente crise humanitária e escassez de alimentos, há temores de uma desordem generalizada.
"Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do estado e proteger a nação", disse Joseph. Tiros foram ouvidos em toda a capital.
Porto Príncipe vem enfrentando um aumento na violência com gangues lutando entre si e com a polícia pelo controle das ruas. Essa violência foi alimentada por um aumento da pobreza e da instabilidade política.
Moise, 53 anos, vinha enfrentando protestos ferozes desde que assumiu a presidência em 2017, com a oposição o acusando de tentar instalar uma ditadura ao prolongar seu mandato e tornar-se mais autoritário, acusações que ele negou.